08 de junho | 2021

Luiz Carlos Rosa Júnior: Ou você contrataria advogado que não obtivesse sucesso em suas próprias ações?

Compartilhe:

“(…) a luta do jornal em prol da sociedade continuará sem dobrar a espinha mesmo que outros, leviana e irresponsavelmente, façam campanhas de destruição do nosso meio de subsistência. Jamais, em tempo algum, atentaremos contra o ganha-pão de ninguém, mesmo que este alguém tenha conspirado contra nosso direito de ganhar o pão nosso de cada dia”.


Do Conselho Editorial

Luiz Carlos Rosa Junior é advogado. Ficou em evidência após ter sido alvo de uma representação junto ao MP local levada a efeito por outros advogados por pregar a desobediência civil em relação aos decretos municipais relacionados à Covid 19.

Divulgada a matéria pela Rádio Cidade e pelo jornal Folha da Região se insurgiu de forma violenta e antidemocrática contra estes meios de comunicação e seus responsáveis.

Começou uma campanha nas redes sociais objetivando que as pessoas deixassem de assinar o jornal ou contratar propagandas.

Dois fatos separados, mas inéditos: Um advogado que prega a desobediência civil e, denunciado por outrem, se insurge contra a divulgação e pretende destruir o patrimônio financeiro do jornalista, acabar com sua empresa.

O mote principal de sua campanha era perguntar se o comerciante anunciaria com alguém que é a favor do fechamento de seu estabelecimento.

Se referia à postura do jornal ser favorável a medidas de isolamento, distanciamento, possibilidade de “lockdown” e estrito cumprimento das recomendações da OMS – Organização Mundial de Saúde, das quais demonstra publicamente divergir.

Também levou às redes sociais campanha contra a Rádio Cidade, escrevendo artigos sobre rádios comunitárias, visando dar o entendimento que os responsáveis pela emissora poderiam estar incorrendo em ilegalidades, inclusive estimulando denúncias ao Ministério das Comunicações.

Suas postagens sobre rádios comunitárias, em que pese a análise jurídica simplista, que pareciam acusatórias, não continham sustentação em que pudesse ser vislumbrada irregularidade cometida pelos diretores da associação que comanda a emissora, visto que a mesma respeita integralmente a lei que instituiu as rádios comunitárias no país.

E, assim, dando ênfase a sua campanha de destruição do patrimônio do jornalista e sua família, impetrou em seu nome várias ações contra as empresas de comunicação, o jornalista e sua filha.

Colocou seu nome enquanto advogado, para que um grupo que defende o que pensa, também impetrasse várias ações no mesmo sentido.

Como diria o “caipirês”, “atulharam o homi da capa preta com ações contra a gente”.

É estratégia da extrema direita superlotar o judiciário para que a parte requerida não consiga tempo de responder as demandas ou pelo número de ações ser bem sucedido em algumas para trazer prejuízo à parte contrária.

Ocorre, que nem sempre tudo ocorre de acordo com o que desejam mentes fúteis e vazias quando se unem para praticar atos maldosos.

Esquecem, em sua ansiedade juvenil e espírito de vingadores de gibis de “cowboy”, que no Direito a lei e o convencimento dos julgadores baseado nelas é mais importante que aquilo que se deseja pelo ego ferido.

 E, no primeiro julgamento de uma queixa-crime apresentada em seu nome, o advogado rebelde sem causa, Luiz Carlos Rosa, foi muito infeliz na demanda e, como se podia esperar, sua pretensão punitiva ganhou o caminho dos arquivos.

Nem por isto este jornal e a Rádio Cidade vão fazer uma campanha do tipo “Você contrataria um advogado que não consegue ser bem sucedido quando demanda em causa própria?”.

E a razão não é porque o editor, jornalista com MTB, José Antonio Arantes também seja advogado e poderia estar sujeito ao Código de Ética da Categoria como alguns pensam.

Coisa de desinformados, o advogado responde por suas opiniões em relação a outro advogado no exercício da profissão e jornalismo não é advocacia, é informação.

Para os leigos, a título de ilustração, o jornalista responde pelo Código de Ética do Jornalismo quando transgredir as regras da profissão.

Após a explicação volta ao discutido.

A campanha levada nas redes sociais do advogado Luiz Carlos Rosa depõe e fala muito mais de seu comportamento inadequado para quem lida com leis que outra coisa.

A razão não é complexa, é simples, embora não haja ilegalidades, até por que a campanha que o jornal faria, se não fosse comprometido com a ética e a moral, ao contrário da levada a efeito pelo advogado, não citaria nomes e nem permitiria que outros fizessem comentários a pessoa do ilustre causídico.

É só buscar a página do causídico e vai estar lá uma quantidade de comentários vulgares, desrespeitosos e desairosos ao jornalista e membros de sua família.

O que impede, não permite que tal campanha seja levada a efeito é a questão de ordem moral.

Neste jornal todos buscam ser imparciais, aqui não se age pela vaidade, pela falta de princípios, pela ausência de pudor, pela noção de impunidade, desejos de vingança; aqui é jornal, aqui se sabe o que é respeito pelo outro e, por respeito, se luta até a última palavra.

Portanto, senhor Luiz Carlos Rosa, em que pesem as enormes diferenças que separam seu pensamento do que é regra geral nesta empresa, não espere deste meio de comunicação nada que não seja correspondente aos fatos. Aqui não se cria nada, aqui se noticia o que acontece e se busca chegar o mais próximo possível da verdade.

Tanto é assim que sua investida judicial sobre o jornal, a rádio e seus diretores começa a vazar água. Se isto depõe contra sua carreira, o que imagina-se, pode acontecer, seu trabalho é questão individualíssima que não compete ao jornal e a rádio discutir.

Entendem, no entanto, os envolvidos, que a luta do jornal em prol da sociedade continuará sem dobrar a espinha mesmo que outros, leviana e irresponsavelmente, façam campanhas de destruição do nosso meio de subsistência.

Jamais, em tempo algum, atentaremos contra o ganha-pão de ninguém, mesmo que este alguém tenha conspirado contra nosso direito a subsistência.

O que fica é a certeza de que, quem tem a mentalidade da destruição acaba soterrado pelos escombros que fabrica e o desejo de que sirva de lição para se renovar e atuar positivamente em favor do bem comum, exercendo a empatia e o amor ao próximo, sem ódios ou retaliações.

Nosso desejo é plantar e colher flores pelos caminhos que andamos, de mãos dadas com todos que merecem ou precisam que estejamos do seu lado nas lutas que a sociedade trava por direito e justiça.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas