21 de julho | 2019

É preciso repensar Olímpia

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Do Conselho Editorial

Quem anda pelas ruas da cidade, conversa com a população, percebe uma insatisfação crescente com o governo de Fernando Cunha.

Por mais que tenha se esforçado por imprimir uma visão mais técnica, por mais que tenha se esforçado para fugir do clientelismo praticado a exaustão por Eugênio José Zuliani, no final de seu governo, fora algumas diferenças, acabou por ser mais do mesmo.

Há setores como Cultura e Educação que parecem nem existir de tão poucas ações relevantes levadas ou propostas pelos encarregados.

Por outro lado, a exposição negativa da Assistência Social, voltada, segundo denúncia de um vereador local, a trabalhar como se fora cabo eleitoral de uma futura candidatura da ocupante do cargo, demonstra que pode haver algo de podre ali.

A Saúde, que também parece operar muito mais por razões de ordem política que com preocupações relacionadas com a manutenção da vida, com qualidade dominada por uma corrente política, entra na barca dos favores e afunda os hilários seres que dominam a capitania hereditária, o capitão e o rei.

Esta enorme faixa de responsabilidade social doada politicamente ao grupo de Fernandinho, Hilário e Hélio, por mais nobre que seja a intenção de cada um deles, por maior que seja a confiança depositada pelo rei, os donatários não cumprem bem a função de administrar a colônia recebida protegendo e amparando os colonizados de forma a receber o reconhecimento nas urnas em prêmio pela condenável prática.

Lazer, serviços e obras estão tão distantes das discussões locais, que se extintos da fauna inútil, que parece ter se transformado o setor de comissionados do coronel de plantão, poucos perceberiam.

Quem apostou em Cunha como promessa a mudar Olímpia já não consegue acreditar que sua escolha possa ter sido a melhor opção para o crescimento e o progresso da cidade.

E quando, em mês de férias, o movimento comercial chega a ser preocupante é hora de repensar e pensar no que se fez e no que deixou de fazer e se existe tempo hábil para propor políticas públicas para alavancar o desenvolvimento e gerar empregos.

Quando, no entanto, se observam tantas secretarias paralisadas, letárgicas ou atreladas ao mais baixo populismo, sendo identificadas com o que pode haver de pior e degradante na política nacional, bate uma sensação de descrédito e desconfiança que leva a crer que o naufrágio é inevitável.

Este negativismo produzido pelos fatos, pela ausência de reação de um prefeito centralizador que tem por péssimo hábito só ouvir o que interpreta como favorável, leva a triste conclusão de que onde não se espera é que não sai nada.

E, quase no início de final de mandato, logo começa, ou já começaram para alguns, a discussão eleitoral e o que era apatia e abandono no poder público se amplia e dá espaço a demagogia e a mentira, além da fabricação de fake news, calúnias, difamações e injúrias.

A história continuará se repetindo, se repetindo e se repetindo e vai trazendo mais do mesmo infinitamente sem que a sociedade perceba que passou e muito do tempo em que Olímpia deveria se repensar e buscar algo ou alguém que não fosse tão mais do mesmo, que sempre foi tão ruim por repetir políticas públicas sem imaginação, conteúdo, organização, tecnicidade e acima de tudo, distante de movimentos popu­listas, fisiológicos cansativamente repetitivos que tantos prejuízos trazem ao município.

Tudo indica que o próximo, visto que o atual anda muito desgastado, pelos nomes apontados, poderá ser repetição, xerox, carbono do que ai está com as mesmas falhas e defeitos que a cidade enfrentou na maioria dos governantes que parecem ter sido fabricados em série na fábrica dos coronéis com os mesmos defeitos de fabricação.

 

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