16 de fevereiro | 2014

A crise bate a porta?

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Do Conselho Editorial

Muito evidenciado pela grande mídia que repercute o que pensam ideólogos, técnicos e experts do setor econômico, a crise provocada nos Estados Unidos pela bolha imobiliária poderia estar dando indícios de chegar ao Brasil.

Se, com a intensidade que balançou a economia americana e causou abalos na Europa não se pode adiantar, visto que há sinais de recuperação em alguns paises e notadamente nos Estados Unidos.

Recuperação, que se levado em conta a previsão do Brasil estar em breve entre as cinco economias mundiais, os reflexos poderão não ser tão significativos, se houver a crise, quanto foi em paises como a Grécia, Portugal, Espanha, Argentina para ficar em alguns exemplos.

O nível de desemprego nestes paises chegaram a patamares assustadores, a perda de poder aquisitivo da população foi bastante significativa e o reflexo deste período será sentido ainda por muitos anos; a recuperação será lenta e dependerá dos setores produtivos e da paciência da população.

Os naturais e os que buscavam estes paises em busca do Eldorado, de melhoria de qualidade de vida, alguns como no caso de Portugal, abandonaram o país ou voltaram para seus paises de origem.

  O Brasil neste período, com crédito junto a estes paises como solução econômica e porto seguro garantidor de emprego pleno e renda, foi intensamente buscado enquanto solução por aqueles cuja situação de empobrecimento era causada pela crise que abatia naquelas nações.

Entre os muitos, que observaram o crescimento real do consumo e a estabilidade do mercado, a ampliação do poder de aquisição da população, a massa empresarial também migrou para o espaço da América Latina onde o sonho e a esperança parece haviam despertado.

Houve um crescendo considerável da classe média e ampliou em muito o número de trabalho com carteira assinada, diminuiu relativamente o trabalho autônomo, e, pasmem os leitores que até parece esquecido do período que faltava emprego, faltou mão de obra especializada.

A inflação foi contida e controlada, os bancos tiveram lucros fenomenais, o setor sucroalcoleiro e os empresários também, já, os latifundiários que freqüentemente entregavam suas posses para pagamento de dividas a bancos estatais produziram e jogaram no mercado as maiores produções de grãos de todos os tempos.

Tudo fluía, e parece que flui de maneira grandiosa, discute-se a modernização de portos, estradas e aeroportos para fluição dos bens de consumo produzidos para abastecimento de outros paises e garantias de equilíbrio da balança comercial e ampliação do PIB.

Porém, observa-se no horizonte, uma nuvem mais cinza, demonstrativa de que o período de vento calmo, ar puro e mar tranqüilo se distanciam, se aproximam sinais de procela, tempestades, furacões, mitsunamis econômicos.

  Se antes as donas de casas na sua freqüência ao mercado não reclamavam dos preços praticados, hoje já torcem olhos e roem unhas na hora das compras.

Se não havia profissionais para se contratar na hora da necessidade pelos empresários, por conta do pleno emprego, já se encontra uma massa disponível no mercado.

Se não havia casas e terrenos para se vender em lugares privilegiados, ou pontos estratégicos para se alugar visando colocar um negócio qualquer, já há muitos imóveis a disposição.

E, se não havia muitos comerciantes e empresários reclamando da falta de lucros provocado pela baixa das vendas, pode se encontrar em alguns setores alguns que já se queixam e outros que abandonaram o mercado.

Se é crise ou não como afiançam especialistas da área econômica, técnicos e economistas, se vai ser do porte da que atingiu os EUA e os paises da Europa não se pode adiantar, pois isto dependerá das medidas econômicas que os governantes tomarem.

Algo, no entanto é certo, ela, a crise econômica, com seus terrores e temores está ai, se vai se ampliar, se veio para ficar, ou não, só o tempo poderá dizer, enquanto ele não se manifesta melhor guardar provisões, pois tempos difíceis podem estar acenando da janela.

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