17 de abril | 2016

Vizinha também não viu arma na mão de Mário

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Vizinha da desempregada dona da casa onde o car­roceiro Mário César da Silva foi morto pela Polícia Militar na noite de quinta-feira, dia 14, W (pediu para não ser identificada) também afirma que não viu nenhuma arma nas mãos da vítima. “Eu vi a hora que o Mário saiu correndo e ele não es­tava com nenhuma ar­ma”, contou durante entrevista para esta Folha.

O relato dela foi feito com preocupação e receio de ser pressionada por policiais militares: “Eu vi quando as duas viaturas desceram a rua cinco e um dos policiais desceu da viatura e pediu para o Mário parar ai, o Mário não parou ele correu ru­mo para a rua sete e depois os policiais correram atrás dele e não acharam”.

“Aí começaram a revistar as casas aqui na rua 8, revistou a primeira e a segunda não tinha ninguém. A terceira foi na casa da Priscila. Aí os policiais entraram sem pedir e ela falou que não ia deixar e que ela ia junto. Os policiais perguntaram quem morava no fundo da casa ai ela falou que não morava ninguém e que ficava fechado ai eles pediram a chave ela deu”, acrescentou.

De acordo com W os policiais abriram, olharam no fundo e não tinha ninguém: “pediram para olhar dentro da casa, olharam todos os cômodos da casa da frente e não acharam nada. Aí eles viram a porta de um dos quartos fechada”.

“Eu vi tudo isso porque entrei junto com a dona da casa. Aí eles pediram pra abrir a porta só que não tinha como abrir porque a chave estava do lado de dentro. Os policiais tentaram abrir, mas não conseguiram”.

De acordo com ela, o car­roceiro estava atrás da porta: “então, ele empurrou a porta do quarto e saiu correndo empurrando todo mundo que estava dentro da casa eu não cheguei a ver a hora que os policiais atiraram nele, eu estava dentro da casa na hora que eu escutei os tiros”.

Segundo ela, “a dona da casa desmaiou na hora que escutou os tiros e o policial Nairton me ajudou levá-la para o corredor da casa de frente para o banheiro e foi onde eu fiz uma água com açúcar e dei para ela tomar. Coloquei algodão com álcool no nariz dela para ela acordar ai ela acordou e nisso a gente ficou ali dentro a gente não viu mais nada porque eles não deixaram”.

 
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