06 de abril | 2014

Uniesp/Faer faz debate sobre 50 anos do golpe militar de 64

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Um debate idealizado pelo professor Eduardo Lima que ministra aulas de  Sociologia e Filosofia do Direito foi realizado no anfiteatro da Faculdade Uniesp/Faer, com a finalidade de discutir os 50 anos do golpe militar que ocorreu em 1964. O evento foi na segunda-feira, dia 31 de março, para que os alunos tivessem noção do período em que foi instalada.

Várias publicações da época que retratavam o período pela ótica da direita e da esquerda foram abordadas. Durante as palestras foram exibidos vários vídeos sobre o período e relatos de pessoas que viveram os dramáticos anos de chumbo.

Além da palestra do professor Eduardo Lima, o evento contou com o aval do coordenador do curso de direito, professor de direito Constitucional, Hermes Ba­che­ga e do diretor da instituição De­métrius Abrão Bigaran.

O debate contou também com a participação de estudantes, como Nilton Pires, que falou dos efeitos da ditadura. O estudante Willian Antônio Zanolli iniciou sua fala homenageando o advogado Gallib Jorge Tanurri que participou da resistência à ditadura militar em Ribeirão Preto, cujo registro se encontra no livro Tempo de resistência, de Leopoldo Paulino.

Para o professor de direito civil, Benedito Buck, o evento foi importante para relembrar esse fato histórico. Ao final Hermes José Bachega disse em entrevista que o estudante de Direito precisa aprender “a pesquisar, a conhecer, conduzir o seu pensamento voltado para o fato histórico, o que nós estamos tentando”.

“Com muita tristeza, o homem nasce livre, a liberdade é inerente do ser humano, a liberdade tem que ser cultuada, alimentada, fortalecida, sempre com respeito, força, e neste aspecto social da forma que foi patrocinada é algo que deixa na nossa história uma ferida que vai demorar para cicatrizar”, disse o professor de Direito Penal, delegado de polícia João Brocanello Neto.

Para Eduardo Lima “é um momento histórico, nós temos que entender, falar e debater sobre o assunto, buscar informações sobre o assunto é importante para a construção da cidadania”.

CONSTRUÇÃO DO CIDADÃO

O professor de Direito do Trabalho, Vinicius Almeida Do­min­gues, entende “que é um grande processo da formação acadêmica. Aliás, acho que é um processo necessário, uma forma de trazer o conhecimento extremamente científico para o acadêmico de uma forma imparcial, de uma forma como as pessoas possam fazer uma avaliação pessoal da situação e além de tudo é uma construção do cidadão”.

A professora de Direito Constitucional, Tatiane Gerolin disse: “Vejo o evento como uma oportunidade para aquelas pessoas que desconhecem a história, a grande maioria dos alunos não tem tanto conhecimento do que foi, do que aconteceu, como funcionou e das consequências disso para o nosso país”.

Para a aluna Vanessa Benevides foi “perfeito para todos nós o conhecimento, por causa da aprendizagem, pelo nosso próprio interesse, e para que a gente possa passar tudo que a gente aprendeu para os nossos filhos”.

Também aluno, Túlio Maran­goni comentou que a “principal importância é conscientizar esses jovens que, no momento estão se preparando para serem futuros operadores do direito, a saberem o quão negro foi este período histórico do Brasil e que é um período que de verdade não deve ser repetido por que representa um mal, uma mancha na história do nosso país”.

Kaoma Ulli de Souza Lopes, também aluna falou: “Acho que é mostrar pra gente o que aconteceu antes, é coisa que envolve o nosso curso. A gente não conhece a história e é bom você saber o que aconteceu porque a nossa cultura está no nosso passado”.

O aluno Silvio Roberto Faceto comentou: “Infelizmente completamos os 50 anos da ditadura militar que é um fato muito triste na história do país e é muito importante não somente os estudantes de direito. Acho que deveria ser aberto a mais gente ter conhecimento dos fatos que aconteceram”;

Para a aluna Alessandra de Fátima Lopes Prates, o evento foi importante “porque esclarece muitas dúvidas que nós temos. Nós não participamos desta época e isto deixa mais claro a orientação que nós recebemos no curso também”.

Raquel de Queiroz, também aluna, disse: “É muito importante saber essas informações que não são da minha época. Nós brasileiros não fomos informados sobre a ditadura e foi muito importante esta discussão sobre este período. Através dessas informações nós teremos consciência a respeito do que houve no nosso passado. Isso para mim é muito importante”.

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