20 de março | 2011

Uma das maiores associações de cana do mundo faz transição para continuar evolução

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A Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Catanduva, quem tem subsede em Olímpia, após 30 anos, fará a transição de uma diretoria para outra, na sexta-feira da próxima semana, dia 25, com a finalidade de continuar marchando em direção ao progresso.

Depois de 30 anos à frente da diretoria da entidade, o presidente João Pedro Gomieri busca um consenso entre os associados, visando manter o mesmo ritmo de evolução verificado em três décadas.


De acordo com ele, “será uma chapa de consenso para uma transição tranquila e estamos analisando como participar e vendo como será a atuação”, explicou.


“Nesses 30 anos, foram muitos desafios. O primeiro deles foi quando houve a extinção do IEA, que fixava o preço do produto e o produtor de cana tinha apenas que acompanhar, fazer reivindicação de aumento de preço ano a ano. Era uma política estática de preço”, diz.


Mas com a extinção houve uma mudança de comportamento radical por que o produtor teve que buscar mercado e essa busca foi para uma situação totalmente nova, às vezes sem saber como agir para ter melhor remuneração.


A mudança coincidiu com o período em que a produção de carros a álcool representava 95% da produção. Porém, houve um sucateamento e o álcool hidratado, que equilibrava a cadeia, perdeu consumo. “Chegamos a próximo de zero”, observa.


Superado isso, outra batalha muito grande foi para que a produção de carros a álcool não paralisasse. “Nesses 30 anos fomos superando essas barreiras”, afirmou.


Mas havia outro problema com a queima da palha da cana num momento que não havia tecnologia para mecanização do corte, que atualmente já é de 50% das áreas, com previsão de concretizar definitivamente em 2014.


Por isso aponta a Usina Cruz Alta de Olímpia como uma grande parceira, que aderiu ao “modelo de racionamento” (sic) e permitiu que a produção chegasse a 15 milhões de toneladas de cana de fornecedor.


PREÇO DO ÁLCOOL


Ao comentar o preço do litro de álcool na bomba de abastecimento, considerado muito alto nesse momento, Gomieri avisa que um dos fatores importantes para isso é que houve uma grande perda na produção do ano passado.


“Tivemos unidades industriais que pararam no começo de outubro e isso nunca aconteceu. Normalmente a safra se estende até dia 15 ou 20 de dezembro”, contou.


Acrescido a queda na produção está o próprio aumento do consumo motivado pelo aumento da frota de carros flex, com o preço durante todo o tempo se mantendo no patamar dos 70% do preço da gasolina.


“A moagem das indústrias deverá ser antecipada para corrigir este problema enfrentado atualmente”, destacou.


Agradecendo aos companheiros de luta, o presidente avisa que não sairá do setor. “Vamos continuar porque conhecemos e estamos no setor, que está em franco crescimento”, finalizou.


São quase 15 milhões de toneladas de cana que são assistidas pela associação do plantio à entrega nas usinas. Sem contar a assistência ao próprio cooperado que vai desde a jurídica até a médica e odontológica.

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