Segundo consta teria entrado água no telhado da loja e a funcionária teria subido no mezanino para verificar e desequilibrou e caiu passando por um forro de gesso. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e foi medicada na Santa Casa local.

Trata-se da comerciária Tatiane Pelini Andaléssi, de 25 anos de idade, que trabalha num loja localizada quase da esquina da rua São João com a Nove de Julho, que não foi considerada como vítima por causa do temporal, pelo Corpo de Bombeiros.

Segundo as informações, Tatiane fraturou o punho e teve que passar por cirurgia, mas teria alta hospitalar ainda na sexta-feira. A outra vítima é de um acidente envolvendo dois caminhões, ocorrido na rodovia Assis Chateaubriand, SP-425, nas proximidades do Posto Rei do Suco, que sofreu apenas ferimentos leves.

De acordo com informações da Casa de Agricultura de Olímpia, que fica localizada na região central da cidade, ao lado do fórum, o pluviômetro registrou o total de 45 milímetros.

“Nós atendemos os mais graves, fomos catalogando e dando prioridade para onde havia risco à vida e depois passamos a atender os casos onde somente havia danos materiais. Nosso efetivo foi insuficiente mesmo com alguns bombeiros em período de folga vindo reforçar o serviço”, explicou o sargento Adileu Galina, comandante do Corpo de Bombeiros de Olímpia.

No entanto, até em razão da falta de um equipamento em Olímpia, Galina não soube informar a velocidade do vento. “Pode ser equiparado às chuvas de fevereiro, em volume de água, agora em volume de vento, do tempo que trabalho no Bombeiro, há 23 anos, eu desconheço outro que tenha sido mais forte”, avaliou.

EFEITOS DO FORTE VENTO
Os ventos fortes e em forma de ciclone, causaram danos em vários pontos da cidade e chegaram até a entortar o poste de sustentação do semáforo da esquina da Aurora Forti Neves com Bernardino de Campos, no sentido de quem vai em direção ao Parque Aquático Thermas dos Laranjais.

Além disso, causou estragos na nova sede do DAEMO (Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia), recentemente construída no terreno da Estação de Tratamento de Água (ETA), do Jardim Toledo, zona oeste da cidade.

O superintendente geral da autarquia, Walter José Trindade, informou que o vento arrancou telhas de amianto que pesam aproximadamente 200 quilos, que foram jogadas em direção á grade frontal que fica cerca de 30 metros de distância, mas ainda não avaliou o prejuízo.

Um dano em residência ocorreu na rua Ernesto Dario, número 116, no Jardim Tropical I, zona oeste, onde há aproximadamente 10 anos reside o aposentado José Minani, de 70 anos, e galhos de uma árvore de grande porte caíram em cima da casa.

O aposentado relata que já há cerca de seis anos solicitava para que seu vizinho cortasse os galhos da árvore, mas que até então, nada tinha feito. Com o temporal, os galhos caíram em cima da casa quebrando dezenas de telhas, causando infiltração de água.

Ainda dentro das principais ocorrências, consta que a ventania provocou danos também no edifício do fórum local, em uma creche do Jardim Santa Fé, zona leste, e uma ameaça de desabamento de uma igreja pentecostal no centro (antigo cine Olímpia) que, por causa da chuva o forro cedeu e o local foi interditado.

“Devido aos ventos fortes e a chuva tivemos muito trabalho, diversas quedas de árvores sobre carros e residências, destelhamento, quedas de fios energizados, acidente de trânsito, ameaça de desabamento de edificações, entre outras várias”, reforçou Galina.

Ainda foram arrancadas várias fachadas de casas comerciais no centro e vários outdoors caíram. “Muitos locais foram atingidos com grandes prejuízos nesses danos”, acrescentou.

BALANÇO DO CORPO DE BOMBEIROS
Segundo o balanço fornecido pelo Corpo de Bombeiros, na manhã da sexta-feira, dia 10, foram registrados três destelhamento de residências; oito quedas de árvores; duas vistorias técnicas operacionais, ou seja, verificação de riscos; um acidente de trânsito na rodovia Assis Chateaubriand, SP-425; um queda de pessoa de cima da laje; e uma quantidade incontável de quedas de fios de energia e telefônicos.

ÁREA DE INSTABILIDADE
De acordo com a informação publicada pelo jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, segundo o metereologista José Felipe Farias, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), o temporal foi causado pela mudança brusca na temperatura, que caiu de 25ºC às 11horas para 14ºC às 13h30, por causa de uma área de instabilidade que estava localizada sobre os estados de Mato Grosso do Sul e Paraná; de acordo com ele, a situação deve permanecer até o domingo, dia 12, mas com probabilidade de sol e temperaturas altas, até lá. Os termômetros devem registrar mínimas de 11ºC e máximas de 29ºC.

CPFL
Por outro lado, também em razão da velocidade do vento, a CPFL enfrentou vários problemas deixando muitos setores da cidade por longo período sem energia. Um dos pontos graves afetados foi a avaria de um poste localizado na esquina da Aurora Forti Neves com Benjamin Constant.

Embora ainda sem informações oficiais da empresa, sabe-se que em um setor do centro da cidade, o fornecimento que foi cortado por volta das 12h30, só foi restabelecido por volta de 22 horas. Consta ainda que houve problemas também em Guaraci.