19 de setembro | 2011

Telefone da Prefeitura vai parar na casa de Geninho

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Um dos inúmeros de telefones que constam em nome da Prefeitura Municipal de Olímpia acabou instalado no apartamento do prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, que atualmente reside no Edifício Olímpia, localizado na Praça Rui Barbosa, número 11, apartamento 32.


Trata-se do número 3281-3663 que está sendo utilizado na casa do prefeito, mas que se pode depreender continua sendo pago com dinheiro do município.


O número, segundo consta, ultimamente estava funcionando no gabinete do prefeito. No entanto, segundo apurado por esta Folha, anteriormente funcionava no Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia (DAEMO).


De acordo com a informação divulgada pela imprensa local na sexta-feira, dia 16, a descoberta se deu porque um cidadão, que pretendia falar na Prefeitura, telefonou nesse número e ouviu que se tratava da residência do prefeito.


Esse cidadão teria ainda insistido que queria falar na Prefeitura, mas tornou a ouvir que se tratava da casa de Geninho.


Consta que sempre que o telefone toca é atendido por uma mulher que se apresenta com o nome de Cida, que questionada sobre o local onde o número está instalado e se não era da Prefeitura que ela falava, respondia “não, é da casa do Geninho”.


O número, aliás, consta no site da Telefônica, acessado na tarde de sexta-feira, como sendo da prefeitura de Olímpia.


SITUAÇÃO PODE
SER INÉDITA

Pelo menos que se tem conhecimento, esse caso da transferência de um telefone da Prefeitura de Olímpia, para a casa do prefeito Geninho, pode ser considerado inédito na cidade e, até mesmo no Estado de São Paulo.


A essa conclusão se pode chegar, inclusive depois de uma pesquisa na Internet, através do sistema Google, em busca de uma situação análoga.


O único caso encontrado é do município de Ipiaú, uma cidade no Estado da Bahia, onde o prefeito Deraldino Alves de Araújo denunciou ao TCM a ex-prefeita Sandra da Purificação Lemos, por ter instalado em sua casa uma linha telefônica de propriedade do município em 2008.


A ex-prefeita alegou que o telefone estava instalado na Rádio Educadora, uma emissora privada, que por coincidência funcionava no mesmo endereço onde ela morava.


A linha colocada na rádio, segundo a ex-prefeita, serviria “como contato direto entre a comunidade e o Sr. Prefeito, e vice-versa, para registro de reclamações, sugestões, pedidos, elogios, etc, bem como para as inserções diretas das entrevistas e comunicados oficiais”.


O pleno do Tribunal não aceitou as alegações e decidiu que Sandra Lemos deve devolver aos cofres municipais a quantia atualizada de R$ 561,00, gastos indevidamente com a conta telefônica e pagos com dinheiro público.


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