06 de janeiro | 2019

Solução definitiva para acabar com falta de água na zona leste pode sair ainda este ano

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EM QUE FOI ABORDADO O PROBLEMA DA ÁGUA EM OLÍMPIA


Embora ainda pensando em ações paliativas para superar o problema da falta de água de modo imediato, a solução definitiva para acabar com a falta do produto nas torneiras dos moradores da zona leste da Estância Turística de Olímpia, pode sair ainda este ano.

De acordo com o prefeito Fernando Cunha, essa região da cidade será completamente beneficiada para atender a milhares de moradores, quando forem concluídas as obras de perfuração de um poço profundo na região do rio Ca­choeirinha, para captar água do Aquífero Guarani e da comple­men­tação da Estação de Tratamento de Água (ETA), do Jardim Luíza.

Trata-se de um problema que, embora exista há dezenas de anos, mas que passou a ser mais sentido a partir das decisões de construir moradias populares na zona leste, pelo ex-prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, sem levar em consideração a necessidade de melhorar a infraestrutura da região.

“A Zona Leste, que é a mais preocupante, o poço está sendo perfurado, já está com 600 metros e ainda vai depender da construção dos reservatórios e das redes de distribuição de água, que serão feitas ao longo de 2019. É um projeto de R$ 16 milhões, sendo que o poço está com 50% feito. Isto é a solução definitiva”, explicou em entrevista que concedeu nesta sexta-feira, dia 4, para explicar a situação aos moradores que já estão atônitos com a falta de água em suas casas.

Mas para minorar os problemas, há formas paliativas de prevenir o baixo volume dos poços principalmente nesta época do ano, quando o consumo fica mais intenso. “A Daemo está cuidando de projetar e implantar um sistema automático de supervisão da produção de água destes poços e do controle do nível de água acumulada nos reservatórios para que a autarquia tenha a informação da situação do abastecimento de água antes de faltar. Hoje, a autarquia só fica sabendo depois que falta e alguém liga. É isto que venho pedindo para a superintendente Tina Riscali”, acrescentou.

Para Cunha a precariedade do abastecimento de água na zona leste é prioridade, mas que depende de obras que já deveriam ter sido feitas por administrações anteriores e avisa que ele “não faz milagres”. “Primeiro, nós precisamos esclarecer para a população que a situação vigente, aquela que nós herdamos no abastecimento de água de Olímpia, é de uma enorme irresponsabilida­de da administração anterior, porque apenas 40%, o que é menos da metade da cidade, é abastecida com águas dos olhos d’água, o restante é totalmente feito a partir de mais de 70 poços, que são poços rasos, poços de até 200 metros”.

Fernando Cunha conta que de imediato “fizemos novos poços como uma medida paliativa, ainda que não solucione o problema de uma vez por todas, já que muitos destes poços produzem menos água, porque são compartilhados entre eles. Esta é a realidade de Olímpia, principalmente na região da zona leste, que é a região mais alta da cidade e que não é atendida pelas águas dos Olhos d’Água. Por isso sofre mais, porque não tem produção de água. A produção é de pequenos poços e muito próximos, o que provoca rebaixamento do lençol freático, principalmente quando se consome muito e ele não é reposto”.

Destaca o prefeito que outro ponto é que “também temos poucos reservatórios, então a Daemo está construindo uma série de reservatórios. Atualmente não existe na Daemo um sistema de controle dos níveis destes reservatórios e destas bombas de forma a ser supervisionada para que se tenha um alarme da falta de água e da falha de bom­beamento de água. As falhas só são identificadas quando acaba a água e algum morador telefona para a autarquia, este é o caos da má administração passada sob o Daemo. Hoje, se um poço para de produzir água, a bomba fica rodando em vazio, o que pode levar a queima da bomba, justamente por não ter um controle de supervisão”.

SITUAÇÃO  IRRESPONSÁVEL

De acordo com Cunha, o que a Daemo vem implantando é uma supervisão com funcionários que ficam monitorando o nível de cada lugar. “Esta é a situação irresponsável que foi encontrada pela atual administração a frente da Daemo. O dinheiro, nos anos anteriores, foi mal gasto e não fizeram isto. Então, agora, nós emer­gen­cialmente estamos fazendo reservatórios, só que estes reservatórios estão recebendo as obras de conexão, que é a interli­gação com os poços. Os reservatórios ficaram prontos nesta região que tem tido os problemas, como aconteceu na Cohab IV. No local foi feito o reservatório e mais um poço para atendimento da população e deu certo. Já na região da Zona Leste, temos que furar mais poços. É uma solução precária, porém mais rápida e estes reservatórios maiores terão uma supervisão mais frequente, de forma manual, pelos colaboradores da autarquia”.

A solução definitiva, segundo Cunha, é a construção que já está bem adiantada, de dois grandes poços profundos. Um poço já está pronto e agora estão concluindo os testes para instalar as bombas, foi feito junto ao sistema do poço da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Jardim Toledo. “O outro terá 1.100 metros, que atinge o Aquífero Guarani, que é um aquífero que vai produzir até 100 vezes mais do que cada poço existente e de forma sustentável, ou seja, não terão estas competição e deficiência de realimentação do lençol”.

“A Zona Leste, que é a mais preocupante, o poço está sendo perfurado, já está com 600 metros e ainda vai depender da construção dos reservatórios e das redes de distribuição de água, que serão feitas ao longo de 2019. É um projeto de R$ 16 milhões, sendo que o poço está com 50% feito. Isto é a solução definitiva”, garante.

POÇO DA PETROBRAS

Já com relação ao antigo poço da Petrobrás, de acordo com Fernando Cunha, houve o entendimento da Prefeitura com o Parque Aquático Thermas dos Laranjais. “O Thermas acelerou a utilização de água dos novos poços que eles perfuraram e então já disponibilizaram o antigo poço da Petrobrás para que a Prefeitura possa pleitear na Justiça Federal, agora no mês de fevereiro quando reabrem os serviços judiciais, que o poço não seja tamponado e que seja permitida a utilização pela Prefeitura. E a Daemo está fazendo, ao lado deste pleito judicial, um estudo para fazer uma adutora, que seria a rede de água, para levar a água que chega próximo ao Thermas até estes reservatórios da Zona Leste. Com isto, a gente aceleraria o abastecimento. O judiciário permitindo, nós pretendemos durante este ano implantar este sistema de aproveitamento do poço da Petrobras, que foi doado para a Prefeitura. Vale ressaltar que todo empreendimento turístico do município possui poço próprio, portanto nenhum deles onera água dos poços da Prefeitura”.

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