01 de maio | 2017

Sindicalistas fazem protesto ao lado da rodoviária de Olímpia

Compartilhe:

Aproximadamente 70 pessoas, em sua maioria, representantes de sindicatos de Olímpia participaram no final da tarde de sexta-feira, 28, do protesto nacional contra as reformas trabalhista e da previdência que aconteceram em todo o Brasil.

Os sindicalistas se reuniram na lateral da rodoviária, na rua 9 de Julho, onde, com um carro de som, fizeram discursos alertando a população para os malefícios que as reformas podem causar para os trabalhadores.

A manifestação começou por volta de 17 horas e se estendeu até aproximadamente 19 horas. Lideravam a reunião, os presidentes do Sindicato da Alimentação, João Roberto Stringhini; representando a Apeoesp – professores estaduais, Sueli Aparecida Pessoa Batista; e Sindicato dos Bancários, Hilário Ruiz.

Segundo Ruiz seis sindicatos, mais União dos Estudantes de Olímpia, participaram do movimento. Bancos privados abriram ao meio dia e os Bancos do Brasil e Caixa Federal ficaram fechados o dia inteiro. Todos, no entanto, apresentavam cartazes de que seus funcionários haviam aderido ao protesto.

Hilário destacou que a união de sindicatos e de classes demonstravam naquele dia, a indignação, a insatisfação com o Congresso Nacional que na realidade tem feito as coisas de acordo com interesses corporativistas, deixando de lado conquistas da relação de trabalho, das conquistas sociais desse país. “Então, nós estamos aqui juntamente com as demais centrais sindicais, a USTO (União Sindical dos Trabalhadores de Olímpia juntamente com simpatizantes, apoiadores do movimento, demonstrando a nossa insatisfação com esse governo, esse governo golpista e que tem dado um norte para o país que trará um enorme prejuízo a classe trabalhadora”, afirmou.

Para a representante da Apeoesp, que congrega os prefessores estaduais, Sueli Aparecida Pessoa Batista, os professores estariam perdendo todos os direitos adquiridos ao longo da carreira, como a aposentadoria especial. Diz ela: “é fundamental para o professor, porque nós não temos condições de trabalhar numa jornada maior que essa devido ao desgaste da própria profissão. Só que eu estou achando que o professor não está entendendo a importância de como vai afetar essa reforma para ele, da reforma da previdência e da terceirização também. Ele não percebeu o perigo da terceirização dentro da educação. Ele não se conscientizou.

“Mas o futuro dessa geração que vem aí, eles não vão dar conta de ficar 49 anos dentro de uma sala de aula. Porque quem sabe o que é uma sala de aula, sabe como é desgastante. Porque a gente não trabalha só em sala de aula. Você tem todo um preparo, você trabalha praticamente o dia todo”, complementou.

E concluiu: “Isso tudo desestimula o professor, que para ter uma condição de vida um pouco melhor, tem que trabalhar em três períodos, não tem tempo de preparar a sua aula, então a gente pode dizer que a qualidade do ensino não é a mesma de como era há tempos atrás. A qualidade do ensino no Estado de São Paulo está péssima”.

Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Olímpia, João Roberto Stringhini, foi enfático: “a gente está muito assustado, porque se você pegar a abertura que o governo deu para os terceirizados vai acabar com todas as conquistas e ao invés de melhorar o mercado de trabalho vai é provocar uma insegurança total. Então a gente está sentindo que o país ao invés de andar para frente, está andando para trás. Vai piorar muito, principalmente na nossa região”.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas