03 de maio | 2009

Sindicalista propõe reforma agrária para corrigir desemprego da mecanização

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 Com cerca de sete mil trabalhadores filiados, a mecanização, principalmente no setor da cana-de-açúcar, tem causado grandes preocupações ao presidente do Sindicato dos Empregados Rurais de Olímpia, Sérgio Luiz Sanches  (foto).

Até por isso, a classe depende de maior apoio governamental e, para evitar mais problemas, até defende a reforma agrária. “As máquinas vêm substituindo nossa mão-de-obra trazendo uma preocupação maior.

Acredito que a saída seria uma reforma agrária séria”, afirmou.O problema pode até ser considerado mais sério, se for levado em conta que dos sete mil filiados que tem, aproximadamente 80% são homens, quase sempre maiores, responsáveis por manter o sustento de suas casas.

“Que estão dependentes de um governo que venha trabalhar um pouco mais forte no sentido de um apoio ao trabalhador rural”, asseverou.Por isso, embora ressalve as conquistas já obtidas, Sanches afirma que não há muito que ser comemorado neste dia 1.º de maio:

“estamos numa região que o setor canavieiro está se tornando monocultura e as máquinas vêm tirando a mão-de-obra de nossos trabalhadores”, reclama.Sanches citou como avanços o que foi conseguido a partir de uma Lei editada em 1943, que embora direcionada ao trabalhador da indústria, ajudou na diminuição da carga horária de trabalho: “vários direitos foram conquistados”, lembra, citando que isso é um ponto a ser comemorado.

Porém, quando defende a reforma agrária como solução para a categoria, destaca que o governo precisava tomar a frente e não deixar os trabalhadores expostos, fazendo a divisão de terras consideradas improdutivas de forma correta “para que o trabalhador tivesse acesso a essa terra”.

Dentro desse contexto, Sanches lembra também que, além da divisão das terras, haveria também que dar incentivo a quem estivesse entrando nas terras conseguidas: “aí sim poderíamos tratar como  uma reforma agrária”.O sindicalista afirma que reforma agrária não é o vandalismo exibido constantemente pela mídia e que a vontade do trabalhador não é o que acaba transparecendo.

“A vontade do trabalhador é ter seu pedaço de terra com uma reforma agrária séria e, a partir do momento que o governo tomar a frente, desapropriar as áreas e der direito ao trabalhador, acredito que a tendência é dar certo”, enfatizou.Já a modificação da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), é outra preocupação para Sanches.

“Existe uma preocupação porque sempre que mexem na lei é para tirar vantagens (dos trabalhadores)”, explicou.

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