10 de fevereiro | 2013

Servidores sofrem assédio moral de comissionados na Prefeitura

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Uma situação que não deveria ocorrer, mas que aparentemente estaria fazendo parte da normalidade do poder público local, é o chamado assédio moral. E de acordo com o presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Olímpia, Jesus Buzzo, os funcionários concur­sados, também chamados de “funcionários de carreira”, essa seria uma prática decorrente, principalmente na administração do prefeito Eugênio José Zuliani.

Embora seja uma prática comum em todas as administrações, quem não se lembra de nomes que foram transferidos para o antigo matadouro municipal ou mesmo para a administração do Cemitério São José, na atual administração há fortes indícios que os concursados estariam sendo assediados pelo nomeados em cargos de comissão, também chamados “apadrinhados” de Zuliani.

“Existe o cargo de confiança que assedia moralmente o servidor efetivo, existe o de carreira que vai lá e assedia o de cargo de confiança porque ele vai falar eu sou e você está”, reclamou Jesus Buzzo nesta semana, durante uma entrevista que concedeu a uma emissora de rádio da cidade.

Entretanto, ele não descarta também a versão oposta do assédio. De acordo com ele há inclusive casos de funcionário comissio­nado se impor a um funcionário de determinado setor sobre o qual ele não tem nenhuma autonomia.

O problema é que normalmente, pelo menos pelo que se tem conhecimento, a prática tem quase sempre o chamado cunho político. Quer dizer, depende de que lado o funcionário está ou mesmo a quem declarou o seu voto. “Tem que parar com isso. Nós temos que respeitar, mas também temos de ser respeitados”, explica.

Buzzo reforça que “existe assédio moral do chefe imediato para o subalterno e do subalterno para o chefe. Depende do chefe que não tem muito nível, o subalterno também vai lá e vai assediá-lo moralmente”.

LEI PARA COIBIR ASSÉDIO

Por isso, embora aparentemente coadunado com a atual administração municipal, a intenção do sindicalista é criar ferramentas que permitam coibir o assédio moral em todos os sentidos, mesmo até acreditando que não seria a solução definitiva.

“Importante criar uma lei para coibir o assédio no serviço público. Não adianta a gente tentar tapar o sol com a peneira porque todo mundo sabe que existe, sempre vai existir. Não vai ser a lei que vai resolver. Ela apenas tem que existir para coibir, diminuir, tentar impor um limite”, comentou.

“Isso tem que ter uma norma de convivência para que todo mundo saia ganhando com isso. Eu acho muito importante”, acrescentou ainda o sindicalista.

 

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