22 de janeiro | 2009

Servente de pedreiro foi pego com droga na cueca e liberado por delegado

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O delegado Mário Renato Depieri Michelli determinou a instauração de inquérito policial com a finalidade de investigar três pessoas que estão sendo acudas por crime de tráfico de drogas. Elas foram detidas pela Polícia Militar na madrugada da terça-feira, dia 20, por volta das 3h30, no Jardim Ifigênia, portando crack e dinheiro possivelmente proveniente da venda de entorpecentes.

Os policiais militares foram até ao local depois de receber uma denúncia anônima através do telefone 190. Entretanto, os três foram liberados pelo delegado Mário Renato Depieri Michelli, na oportunidade, responsável pelo plantão da Delegacia de Polícia de Olímpia, após serem ouvidos. Os acusados estavam numa casa da rua Domingos Bizzio, número 329, Jardim Santa Ifigênia, zona norte da cidade de Olímpia.

No local foi detido, o servente de pedreiro, E.S.N., de 23 anos de idade, que reside no Jardim São José, zona sul da cidade, com 48 pedras de crack, embaladas em papel alumínio, que estava no interior de uma sacola plástica, escondida na cueca.

Também foram detidos o homossexual J.N., de 43 anos de idade, que portava uma sacola plástica branca e estava com uma pedra no bolso, e M.D. dos S., de 19 anos de idade, que estava com a importância de R$ 142 em notas variadas, no bolso de sua blusa de frio, ambos moradores do Jardim Santa Ifigênia.

Os três foram apresentados na Delegacia de Polícia de Olímpia, onde o delegado Mário Renato Depieri Michelli, determinou a elaboração de um boletim de ocorrência de averiguação de tráfico de drogas. O delegado entendeu existir carência de provas subjetivas comprovando o ato criminoso. Por isso, os três foram somente ouvidos e liberados depois de indiciados em inquérito policial.

Embora ainda sem ter em mãos informações precisas para uma avaliação, para o delegado Odacir Cesáreo da Silva, da Delegacia Seccional de Barretos, é preciso averiguar as condições que foram apresentadas ao delegado de Olímpia.

Segundo ele afirmou em entrevista que concedeu a uma emissora de rádio local, nem sempre um delegado tem condições de fazer um flagrante numa situação dessas. “Fazer o flagrante ou não, depende da interpretação do delegado. Ele vai ter que interpretar de acordo com aquilo que ele vê no local, no momento”, disse

No entanto, acrescentou o seccional, que se o delegado achar que tem provas suficientes, neste caso deveria ter feito o flagrante: “mas não vou questionar isso porque não sei em que ele se baseou. Se havia testemunhas fora dos meios policiais, se ele percebeu que foi uma coisa forçada, porque, infelizmente, isso acontece também, Não estou dizendo que é esse o caso. Tudo é interpretação dele”.

Avisou o delegado que solicitaria uma cópia do Boletim de Ocorrência lavrado para fazer uma averiguação. “Se eu ver que de alguma forma deixou de cumprir seu dever, mando apurar isso em sindicância. E também, com certeza, já que é uma apreensão desse porte, tem que ser instaurado um inquérito policial. Se vai ser instaurado um inquérito policial, ele vai ser apreciado pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público”, finalizou.

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