04 de outubro | 2020

Segundo subtenente dos Bombeiros não foi possível determinar causa do Incêndio

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FOGO DESTRUIDOR!

Proprietária de fazenda fala em 20 alqueires

e bombeiros em 20 mil metros quadrados.

Maior prejuízo foi no Sítio São Luis
onde quase tudo foi queimado.

Segundo o subtenente Marcelo Carmo (foto), que participou da operação no combate ao in­cên­dio que quase atingiu a zo­na urbana na quarta-feira, dia 30, não foi possível determinar qual foi a causa da queimada que por pouco não atinge a faculdade Uniesp, mas che­gou a queimar parte do local conhecido como Fazendi­nha.

Na entrevista ficou patente que o maior prejuízo foi sofrido pelos proprietários do sítio São Luis onde quase tudo foi queimado. Já sobre a extensão da queimada ficou uma di­vergência gigante entre o que foi declarado pela proprietária do sítio onde possivelmente se originou o incêndio e a avaliação do bombeiro.

Enquanto a proprietária, em BO registrado da delegacia local declarou que só na sua propriedade foram queimados 20 alqueires, o subte­nente estimou que teriam si­do 20 mil metros quadrados, área pelo menos nove vezes menor do que a declarada pe­la proprietária rural no Boletim de Ocorrência.

COMEÇOU ÀS 13

HORAS DA

QUARTA-FEIRA

Segundo o subtenente, “o incêndio começou por volta das 13 horas, em um canavial do lado esquerdo, quando vo­cê vai sentido à Prainha. Aí o fogo veio em direção a umas propriedades ali que tem no fundo da Fazendinha”.

“Infelizmente não teve co­mo controlar o fogo porque es­tava ventando muito forte que atingiu um sítio que o ra­paz tem um monte de re­ciclagem, alguns carros velhos, algumas coisas assim”, continuou o Marcelo.

Que complementou: “A gen­te procurou proteger a região da Sueli (ONG SOS Animais), no sítio onde tem o canil, e lá a gente conseguiu isolar o fogo naquela área, só que aí ele veio vindo em direção à Fazendinha. Queimou uma área de pasto muito grande ali, queimou a cana, queimou também onde tinha colhido a cana, só aquela palha queimou uma área muito grande ali”.

SÍTIO SÃO LUIS

FOI O MAIOR

PREJUDICADO

Sobre o sítio que mais teve prejuízo, Carmo acrescentou: “Quando chegamos nesse sítio, acho que é São Luís, se eu não me engano, tinha uns bar­racões onde o pessoal trabalha, então atingiu algumas máquinas, alguns veículos velhos que talvez seriam reformados. Ali também contamos com o apoio dele mesmo e de mais uns amigos do sítio. A Prefeitura também enviou quatro caminhões pipa e a u­sina estava combatendo o fo­go na cana. Estava também muito alta a fumaça, muito grande, com certeza deve ter chegado até na área central.”

Sobre morte de animais, que o proprietário do Sítio São Luis disse que acabaram sendo queimados numa propriedade vizinha, o subte­nen­te afirmou que realmente tinha um pasto que os animais estavam acuados pelo fogo, mas aí o morador cortou a cer­ca e pelo que tudo indica conseguiu retirar os animais antes do fogo chegar. “Na ho­ra, a gente não viu nenhum animal queimado, mas nas ligações que estavam entrando aqui, que foram muitas ligações, falava-se de animais no pasto que poderiam ser atingidos pelo fogo”, declarou.

NÃO FOI POSSÍVEL

CHEGAR À CAUSA

DO FOGO

Marcelo Carmo a respeito da origem do fogo, explicou que a causa é inconclusiva. “Não podemos dizer como aconteceu o início do fogo. No nosso caso, a gente baixou o resgate e fomos com as duas viaturas nossas de incêndio para fazer o combate no local.”

“Chegou a atingir a mati­nha que fica no fundo de uma propriedade, não me lembro do nome da propriedade, mas tinha dois jumbinhos lá apagando também, mais um caminhão pipa da Prefeitura. A gente conseguiu controlar es­sa matinha também, mas que­i­mou uma grande parte dela, detalhou.”

Diferentemente do que a­fir­mou a própria proprietária da fazenda onde supos­ta­men­te o fogo teve início e que teve a maior extensão tomada pelo fogo que disse ter uma área de 20 alqueires queimada, o subtenente, estimou: “Olha, com certeza, passou dos 20 mil metros quadrados. A gente perguntou para um morador lá, ele falou que não sabia dizer a área correta, mas com certeza passou dos 20 mil metros quadrados.”

EM 28 ANOS NUNCA

VI UM ANO COMO ESTE

Já a respeito das queimadas deste ano o bombeiro afirmou que a situação foi preo­cupante. “Na nossa região quei­mou muita coisa no sentido Rio Preto, no sentido Se­verínia, no sentido Guaraci, e no sentido Tabapuã. Infelizmente esse ano teve uma grande área queimada no nosso município. Olha, estou com 28 anos serviço e nunca vi um ano desse jeito”, disse.

E continuou explicando a necessidade da chuva: “Esses dias teve um chuvisqueiro e nós ficamos uns três, quatro dias sem ter nenhuma ocorrência de fogo em mato. Agora, infelizmente, todo dia a­contece. Ainda bem que a gente tem o apoio da Usina e também a Prefeitura está apoiando com os caminhões pipa que estão prestando serviço para eles.”

Concluindo, o subtenente Marcelo Carmo orientou: “É preciso evitar fazer qualquer tipo de queimada pra limpeza ou mesmo pra tentar limpar uma área rural, que talvez alguém ainda possa fazer o u­so da queimada invés de roçar o mato”.

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