Mesmo assim, a proposta é isentar
de custos os pequenos produtores. “Aquele que utiliza a técnica quatro vezes
por ano, por exemplo, não pagará nem pelo sêmen”, explica o engenheiro agrônomo
Silvio Pelegrini.

O projeto foi apresentado na
tarde do dia 1º de abril, durante uma reunião presidida pelo secretário José
Fernando Rizzatti. De acordo com ele, o objetivo é aumentar a lucratividade do
pequeno produtor de gado leiteiro e de corte e o melhoramento genético do
rebanho.

“Hoje em dia todo produtor sabe
que não se ganha dinheiro produzindo 100 ou 200 litros leite/dia. A
rentabilidade só vem com economia de escala, que passa, necessariamente, pelo
aumento da produção e pela redução do custo fixo por unidade de leite
produzida, já que se trabalha com margens estreitas”, comentou.

Rizzatti garante que "o principal impacto da inseminação artificial em rebanhos
leiteiros vem através do ganho genético"

Outra vantagem, segundo ele, diz
respeito ao controle de doenças. "Com a monta natural, muitas vezes o
touro transmite doenças às vacas e vice-versa, espalhando a enfermidade pelo
rebanho. A inseminação elimina esse problema, uma vez que o sêmen utilizado
provém de touros com sanidade conhecida", acrescentou

.Há ainda outra questão que foi
abordada, já que há preocupação com a fiscalização no campo com reflexo na
saúde da população. “Logo nós temos que fazer um controle, então a Vigilância
Sanitária vai passar a fazer a fiscalização. Aquele produtor que tem um pouco
de leite, que produz 30
litros, embala em uma garrafa pet e vende para o
vizinho, não poderá mais fazer isto. Essa tendência é acabar.

Nós queremos
preservar a saúde da nossa população, mas não vamos desamparar os pequenos
produtores”, garantiu. Depois de explanar detalhadamente
o funcionamento do projeto, Rizzatti diz estar confiante na adesão dos
produtores. “Hoje apresentamos a proposta. Primeiramente precisamos saber se há
realmente interesse, para depois começarmos”, disse.Na semana passada, Siilvio
Pelegrini disse que a Secretaria da Agricultura está entrando em contato

com os
produtores que não puderam comparecer na reunião. “Temos cerca de 40
pecuaristas em Olímpia.
Desses, 15 já manifestaram adesão ao programa e esperamos o
retorno dos demais para fecharmos. Aí, sim, começamos”, avisou