05 de abril | 2011

Seccional diz que houve omissão na fuga de 11 presos em Severínia

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Para o delegado seccional de
Barretos João Osinski Júnior, houve omissão do corpo funcional por ocasião da
fuga de 11 detentos da cadeia pública de Severínia, ocorrida por volta das
quatro horas da madrugada da segunda-feira, dia 4. A fuga em massa foi
descoberta somente por volta das sete horas da manhã por um funcionário da delegacia.


“Logicamente, toda vez que existe
fuga, existe uma omissão de alguém, principalmente funcionário, por parte do
Estado”, afirmou durante entrevista que concedeu à TV Tem, afiliada da Rede
Globo de Televisão, de São José do Rio Preto.


A Polícia Civil e a Corregedoria abriram
inquéritos para apurar a fuga. A Corregedoria também investiga se houve algum
tipo de facilitação, já que o alarme não foi acionado. Quase todos os detentos
que conseguiram fugir cumpriam pena por tráfico de drogas e tinham sido presos
em Olímpia, Cajobi e Severínia.


“Vamos apurar como aconteceu e
saber o motivo do carcereiro não estar perto das celas no momento da ação”,
disse o delegado seccional, ao jornal Diário da Região de Rio Preto.


Com capacidade para 16 detentos, o lugar sofria com a superlotação, já que
tinha 47 presos.


Depois de serrarem quatro grades
de duas celas e o alambrado do pátio, os 11 presos fugiram utilizando uma corda
improvisada com lençóis para pular um dos muros externos. No momento da fuga
havia apenas um carcereiro de plantão, que alega não ter ouvido o barulho das
serras e que, por isso, não teria percebido a movimentação.


Segundo o delegado César
Aparecido Martins, responsável pela unidade prisional, 12 homens estavam nas
duas celas danificadas, porém só fugiram seis de uma delas, e cinco da outra.


A polícia realizou buscas nas imediações do prédio, mas nenhum fugitivo foi localizado.
“Ficamos sabendo da fuga muito tempo depois, por isso ficou difícil recapturar
alguém”, afirmou o delegado.


Os objetos utilizados na fuga,
duas serras convencionais e uma corda feita com lençóis, foram apreendidos pela
polícia. “Vamos investigar também como essas serras entraram no local onde
estavam os presos”, informou Martins.


A Polícia Militar faz buscas em toda a região na tentativa de recapturar os 11
detentos que fugiram. “Estamos com várias viaturas e várias equipes, fazendo um
trabalho no intuito de recapturar os 11 presos eu efetuaram a fuga”, informou o
sargento Benedito Cadurin, da Polícia Militar de Severínia.


Os problemas com a cadeia de
Severínia, assim como a de Altair, são verificados pelo Ministério Publico de
Olímpia há vários anos. A falta de segurança foi acentuada a partir da
desativação da cadeia de Olímpia.


“A questão do problema prisional
somente será regularizada com as inaugurações dos CDPs (Centro de Detenção
Provisória) de Taiuva e de Pontal, que estão previstas ainda para o primeiro
semestre. Com a inauguração desses CDP, temos a promessa de que ocorrerá a
inclusão direta, com a desativação das cadeias da região”, promete Osinski.


Em 2009, o lugar quase teve uma
fuga, quando detentos usaram peças de um ventilador para abrir um buraco na
cela. Só não fugiram porque o carcereiro desconfiou e chamou a PM. O Ministério
Público já pediu a interdição da cadeia de Severínia.


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