20 de março | 2016

Saúde pode estar escondendo casos de gripe suína na cidade

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A Secretaria Municipal de Saúde pode estar escondendo casos positivos de Influenza A, conhecida tecnicamente por H1N1, mas que também é chamada popularmente de gripe suína, que teriam sido regis­tra­dos em Olímpia nos últimos meses. Enquanto houve a confirmação oficial de um caso cujo exame deu resultado positivo, há pelo menos outro caso que foi confirmado pelo diretor clínico da Santa Casa, Nilton Roberto Martinez (foto).

Sobre a existência de um segundo caso confirmado ele explica: “O que eu sei é de um caso de uma criança ou uma mulher que (o resultado) era positivo e do funcionário público municipal que também foi positivo”.

O caso confirmado foi o de uma mulher, cuja idade não foi divulgada, que, segundo as informações já passa bem e sem risco de transmitir a doença para outra pessoa. Mas na tarde de quinta-feira desta semana, dia 17, Martinez concedeu entrevista a esta Folha, confirmando o caso de um homem.

Segundo a reportagem apurou, esse homem seria um funcionário público municipal que permaneceu internado em quarto isolado na Santa Casa local durante quase um mês e de acordo com Nilton Roberto Martinez foi um caso confirmado como gripe suína.

Entretanto, há comentários circulando na cidade e que chegaram à redação do jornal, indicando que teria havido um menino que também teria contraído a doença, informação que não foi confirmada pelo diretor clínico do hospital.

Esse funcionário municipal foi tratado pelo médico José Carlos Ferraz. Ele foi internado dia 18 de fevereiro com suspeita de pneumonia.

Depois de passar por um tratamento, inclusive em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ele recebeu alta no dia 2 de março, mas voltou a passar mal e foi internado novamente no mesmo dia. Somente no sábado, dia 12, que deixou hospital definitivamente.

Já em relação a nota divulgada nesta semana pela Secretaria de Saúde, há um caso suspeito aguardando resultado para o vírus Influenza A, ou seja, para gripe suína.

Mas, segundo comentários que circulam na cidade e que chegaram até à redação do jornal, já haveria um terceiro caso de gripe suína confirmado na cidade que seria de um menino ou menina.

Já sobre os casos suspeitos de gripe suína que, até neste momento a Secretaria da Saúde informa ser apenas um caso suspeito, ele afirma: “Qualquer tosse ou gripe mais violenta acaba ficando um caso suspeito. Tem que aguardar o exame realmente. A confirmação é só pelo exame mesmo”.

Oficialmente só teve um caso de
gripe suína em Olímpia em 2016

Da redação e assessoria

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou na quarta-feira, dia 16, que foi registrado o primeiro caso positivo para a Influenza A (H1N1), vírus causador da gripe suína no município de Olímpia, em 2016. Consta que a paciente já foi medicada e liberada pela Santa Casa e não oferece risco de contágio da doença. Outro caso suspeito foi registrado, porém, ainda está aguardando resultado oficial dos exames.

O Noroeste Paulista registra um alto número de ocorrências de pacientes infectados pelo H1N1, fator que aumenta a preocupação dos municípios. Na região existem quase 100 casos confirmados.

A cidade que lidera o ranking com mais infectados é Catanduva, com 35 casos positivos, porém sem nenhuma morte. General Salgado, Mendonça, Mirassol, Tabapuã, Jales, Zacarias e Rio Preto registraram mortes pela doença, totalizando 12 óbitos. O início da campanha de vacinação está marcado para o dia 30 de abril.

A H1N1 é uma doença transmitida por um novo tipo de vírus da mesma família que transmite a gripe. É transmitida de pessoa para pessoa especialmente através de tosse ou espirro. Algumas pessoas podem se infectar entrando em contato com objetos contaminados.

Os sintomas da H1N1 são: febre acima de 38º C, tosse e dificuldade respiratória, acompanhada ou não de dor de garganta, ou de manifestações gastrointestinais, dor de cabeça, dores musculares, nas articulações e tosse.

A febre é um dos sintomas mais recorrentes, presente em 92% dos casos. No surgimento de qualquer sintoma, recomenda-se procurar o médico de confiança ou a unidade de saúde mais próxima.

 

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