20 de julho | 2017

Revólver utilizado por Paulinho para matar ex-soldado está em nome de “Euripinho”

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O revólver Rossi calibre 38 (foto), inox, utilizado por Paulo Roberto Vieira, Paulinho, para matar o ex-soldado da polícia militar Leandro Ribas da Silva, está registrado em nome do corretor de imóveis, Euripedes Augusto de Melo, Euripinho, 58 anos, de quem os ex-PMs vieram cobrar uma dívida para o advogado Antônio Luiz Pimenta Laraia e que resultou num tiroteio na terça-feira, 11, na rua Senador Virgílio Rodrigues Alves.

A constatação está em relatório do inquérito policial 210/2017 que está sendo enviado pela polícia civil para a justiça local sobre o resultado das investigações até agora sobre o tiroteio da fatídica terça-feira, 11, nas imediações da casa do corretor Euripinho.

No relatório consta que a polícia trabalha com a hipótese concreta de que quem atirou na nuca do ex-policial Ribas, que morreu na terça-feira, 18, foi Paulo Roberto Vieira, o Paulinho que aparece nos vídeos das câmeras de segurança correndo armado atrás do ex-soldado que estava desarmado, já que seu revólver, também calibre 38, estava em seu carro, o Chevrolet Cruze, que estava estacionado do outro lado da rua, de onde o sargento aposentado PM Marcio Aparecido Macri enfrentou os três atiradores ligados a Euripinho (Paulinho, “Nin Peão” e o próprio Euripinho).

A outra certeza, em razão de depoimentos e pelo fato de se ter achado o coldre da arma, embora esta tenha desaparecido, é a de que Euripinho também participou do tiroteio de cima da sacada de sua casa, onde levou um tiro no braço disparado pelo sargento Macri.

Por enquanto, todos são acusados de homicídio consumado qualificado e associação criminosa e com prisão preventiva decretada, inclusive Emerson Aliceu Teixeira, o “Nim Peão”, que teve decisão de concessão da medida restritiva na tarde de sexta-feira, 21. Mesmo antes de sair seu mandado de prisão, já constava como averiguado no inquérito, inclusive com os advogados Carmem e Galib Tannuri constituídos.

“Nim Peão”, embora pelas filmagens das câmeras de segurança e por depoimentos de testemunhas, tenha participado efetivamente do tiroteio, disparando, inclusive, vários tiros, fugiu do local e até agora não se apresentou à polícia local.

Paulinho e Elton Albertino, que foi o motorista que levou Laércio Marques, “Laércio Peão” (que agrediu fisicamente o sargento aposentado) estão presos na cadeia de Icém. Euripinho e Laércio estão ainda internados na Santa Casa local, este último, que levou dois tiros, um no abdômen e outro na face, segundo o médico Nilton Roberto Martines, está se recuperando bem, já foi para um quarto do hospital na quinta-feira de manhã e poderá receber alta hospitalar em cinco ou seis dias.

Euripinho, por sua vez, recebeu um tiro no braço, e segundo se comenta nos meios policiais poderia estar forçando a situação para não ir para a cadeia. Ele já estaria num mesmo quarto da Santa Casa em companhia de seu funcionário Laércio, ambos escoltados por soldado da PM local.

Já o sargento aposentado Marcio Aparecido Macri foi encaminhado para o presídio militar Romão Gomes, localizado no bairro da Água Fria, zona norte da capital paulista. Seu advogado, Antonio Jose Giannini, chegou a entrar com pedido de liberdade provisória provavelmente alegando que teria agido em legítima defesa, mas que foi indeferido pelo juiz Eduardo Luiz de Abreu Costa da Vara Criminal de Olímpia.

No site do TJ – Tribunal de Justiça, já aparece o nome de todos os averiguados e seus respectivos advogados. E o processo, atualmente, estaria na mesa do juiz da Vara Criminal possivelmente para a decisão sobre a concessão ou não da conversão da prisão preventiva de Euripinho em domiciliar.

Na página do respectivo processo consta que os advogados de Euripedes Augusto de Mello são Galib Jorge Tannuri e Leandro Fortunato Gerard Batista; de Marcio Aparecido Macri, Antonio Jose Giannini; de Laércio Marques, Manoel Herrera Romero Neto e Haroldo Ferreira de Mendonça Filho; de Paulo Sergio Vieira, Manoel Herrera Romero Neto e Haroldo Ferreira de Mendonça Filho; de Leandro Ribas da Silva (falecido), Antonio Jose Giannini; de Elton Regis Albertino, Manoel Herrera Romero Neto e Haroldo Ferreira de Mendonça Filho; e de Emerson Aliceu Teixeira, o “Nin Peão”, Galib Jorge Tannuri e Carmen Silvia Costa Ramos Tannuri.

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