O reservatório elevado da Estação de Tratamento de Água (ETA), localizada no Jardim Toledo, zona sul da cidade, que pertence ao Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia (DAEMO), estava com aproximadamente três metros cúbicos de areia acumulados no fundo. A constatação foi feita durante a limpeza realizada na terça e quarta-feira, dia 1.ª e 2 de dezembro, período que a parte alta da cidade enfrentou problemas com a falta de água.

A informação foi confirmada no final da manhã da quinta-feira, dia 3, pelo superintende geral do DAEMO, Walter José Trindade, em entrevista que concedeu à reportagem desta Folha. No entanto, a informação contraria comentários de que haviam retirado dois caminhões carregados de lodo de dentro do reservatório.

Para explicar a quantidade de areia, Trindade informou que nunca havia sido realizada uma limpeza adequada naquele reservatório. “Segundo informação do pessoal mais antigo, isso nunca aconteceu”, afirmou. Porém, mesmo não se tratando de lodo, o diretor considera que foi retirado um volume considerável de areia: “Foi um volume bastante significativo”.

Porém, o fato de haver areia dentro do reservatório não significa que a qualidade da água distribuída deixava a desejar ou que causasse prejuízos aos consumidores. O problema, segundo ele, acontecia quando o fornecimento era cortado por algum motivo e na volta do abastecimento a água acabava saindo carregando essa areia para as torneiras.

Foram quase dois dias de trabalho na limpeza do reservatório elevado, que tem capacidade para armazenar 400 mil litros de água. Ainda faltam os dois reservatórios semi-enterrados, que têm capacidade para armazenar 600 mil litros cada um. Na quinta-feira, dia 3, o abastecimento tinha voltado à normalidade e ainda não estava prevista a data para a limpeza de um dos reservatórios semi-enterrados.

Mas, garante o diretor, no futuro não será mais necessário paralisar o abastecimento para realizar esse tipo de limpeza dos reservatórios. Trindade informou que está instalando um equipamento que vai permitir fechar apenas um sem interromper o fornecimento. “Da maneira que está hoje tem que faltar água na cidade inteira para fazer a limpeza de um reservatório”, finalizou.