Wederson Gustavo de Carvalho, vulgo Guita, de 18 anos de idade, morador da Rua Ângelo de Quadros Bitencourt, no Jardim Santa Ifigênia, zona norte da cidade, foi baleado durante um confronto com a Polícia Militar de Olímpia. O caso será investigado pela Polícia Civil através de um inquérito instaurado pelo delegado Marcelo Pupo de Paula.
Guita foi atingido no antebraço esquerdo por um disparo feito pelo policial militar Hial. A ocorrência foi registrada no início da madrugada do sábado passado, dia 16, por volta dos 15 minutos, na esquina da Avenida dos Constitucionalistas de 32 com a Rua Ângelo de Quadros Bitencourt, no Jardim Santa Ifigênia.

Tudo começou com os policiais da ROCAM (Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas), Fernando e Hial, sendo acionados para irem até à Rua Manoel Zanin, atrás do Boliche, estabelecimento localizado na região central da cidade.

No local, segundo consta na polícia, estava sendo realizada uma festa de casamento e haveria um grupo de indivíduos promovendo tumulto, atirando pedras e, inclusive, ameaçando convidados que estavam na festa.

No entanto, ao chegarem ao local, os policiais não encontraram mais os elementos que teriam se evadido na direção do Jardim Santa Ifigênia. Porém, com informações de duas testemunhas e apoio da viatura do cabo Faccio e do soldado Alves, iniciaram diligências.

Quando já estavam no cruzamento da Rua Amália Rodrigues Puttini com a Avenida dos Constitucionalistas, depararam com um indivíduo suspeito que, ao perceber a aproximação dos policiais, começou a agir de maneira suspeita e logo em seguida teria saído correndo pela avenida.

O suspeito correu pela avenida na direção do Bar do Claudinho e entrou pela Rua Ângelo de Quadros Bitencourt, onde foi alcançado pelos policiais da ROCAM.

Foi dada ordem de parada e que colocasse as mãos na cabeça, mas mesmo assim o suspeito ainda tentou correu mais um pouco e parou, quando teria sacado a arma e apontado para os policiais.

Teria sido nesse momento que o policial Hial teria efetuado o disparo que atingiu Guita que, mesmo ferido ainda tentou evadir do local. Foi preciso inclusive o uso de força física para detê-lo. Em seguida foi levado até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde foi medicado.

PROMETENDO VINGANÇA
Entretanto, a caminho da UPA, Guita teria feito ameaças aos policiais e teria afirmado: “deram tiro em mim, então eu também vou dar tiro, é dente por dente”. Já na UPA o médico Wilson Romano Calil Filho verificou que o projétil atravessou o antebraço de Guita e que não teria atingido nenhum osso.

Em seguida Guita foi apresentado na Delegacia de Polícia onde foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Foi estabelecida fiança no valor de R$ 1.000. Mas o valor não foi recolhido e Guita seria encarcerado na cadeia pública de Severínia.

Por outro lado, além da apreensão do revólver Smith Wess calibre 32 com a numeração raspada que estava com Guita, também foi feita a apreensão da pistola (ponto quarenta) número SDM 09907, da Polícia Militar, com a qual o policial Hial efetuou o disparo.

Ainda consta que Guita já possuía duas passagens pela polícia por crime de tráfico de entorpecentes, ainda quando menor, e que já havia permanecido internado durante aproximadamente um ano da Fundação CASA (Centro de Assistência Sócio-educativo do Adolescente).