13 de outubro | 2013

Quadra já invadida pelo tráfico está abandonada pela Prefeitura

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A Quadra da Cidadania, localizada na Rua Teodomiro Joaquim Bitencourt, no Jardim Paulista, na zona leste da cidade, que inclusive já foi invadida pelo tráfico e virou ponto de reunião de traficantes de drogas e usuários, estaria em estado de abandono sem receber cuidados da Prefeitura Municipal de Olímpia. A acusação foi feita nesta semana pelo comerciante Luciano Ferreira, um dos integrantes da Aceol (Associação Cultural e Esportiva de Olímpia).

A quadra faz parte de um complexo que é administrado por três secretarias municipais: Saúde, Educação e Cultura, Esportes, Turismo e Lazer, composto também pela Escola Municipal Luiza Seno de Oliveira, uma creche e a Unidade Básica de Saúde (UBS) Dona Dalva Fernandes Moreda Ayusso, que várias vezes motivaram ocorrências policiais por causa da comercialização de drogas.

De acordo com Luciano, que mantém seu comércio defronte a UBS, ele não tem apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Esportes, Turismo e Lazer. A uma emissora de rádio da cidade ele citou precisar de ajuda para fazer uma reforma da quadra. Mas não tem conseguido nem mesmo uma lata de tinta: “O mato está alto e eles falaram que mandariam tinta para eu reformar, mas não mandaram”.

A quadra vai receber várias competições esportivas e outros tipos de eventos e por isso ele agradece a quem puder ajudar: “Fico até chateado de falar nisso, mas fui à Prefeitura pedir ajuda e eles falaram que está quebrada (Prefeitura) e não mandaram”.

Na entrevista que concedeu, Luciano informou que quando avisou que mesmo sem ajuda da Prefeitura faria a reforma por conta própria, e ouviu: “pode reformar, você tem dinheiro mesmo”.

DIA DAS CRIANÇAS

Mas as dificuldades do comerciante são até para organizar a Corrida do Dia das Crianças, evento que realiza todos os anos. Ele não foi atendido também pela Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social. “Este ano estão difíceis as coisas. Está difícil de organizar, mas como faço todo ano eu vou tentar fazer. Estou pedindo o apoio da população”, reclamou.

“Não tenho apoio de ninguém e se há uma coisa que eu odeio é ficar mendigando. Antigamente a gente tinha apoio maior. Hoje, por exemplo, eu fui à Prefeitura pedir as coisas e um joga para o outro, outro joga aqui. Eu tenho um carinho muito grande pelo Gustavo Pimenta, mas vai me desculpar, eu odeio ficar mendigando”, acrescentou.

Luciano contou que toda vez que buscou apoio da Secretaria de Assistência Social, ele não conseguiu obter sucesso: “Toda vez que ligo lá um está o outro não está. Um joga pra o outro. Eu não gosto disso aí. Eu gosto das coisas assim: vamos fazer, vamos”.

A saída foi realizar o evento com apoio da Aceol, que é composta por 30 pessoas para realizar trabalhos com todas as modalidades de danças e esportes. “Tudo de graça, ninguém vai pagar nada”, assevera.

“Através dessas pessoas a gente está fazendo rifas e vendendo para a gente montar um caixa porque tem que fazer as roupas de danças, tem que fazer as roupas para os corredores. Tem que fazer um caixa para a gente poder trabalhar”.

Agora, por exemplo, começarão as aulas de pintura e precisam comprar os materiais. Ele avisa que as crianças ou ninguém que frequenta os cursos pagam taxas. “São todas crianças carentes”, define.

Para o evento do dia das crianças ele diz que não tinha nada mesmo para a premiação: “Não tenho um troféu, não tenho uma medalha, não tenho nada. Estão difíceis as coisas”, finaliza.

 

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