O caso da morte de um eletricista de Olímpia por tiro disparado por policial de folga no interior de u­ma boate e os protestos que tiveram 24 veículos incendiados, tiveram repercussão na imprensa nacional, saindo em programas em rede nacional da Globo, SBT, Record e Bandeirantes, além de grandes jornais e sites de notícias.

No início a repercussão maior foi na imprensa regional que passou a dar cobertura praticamente diária para os acontecimentos de Olímpia. Numa matéria publicada em um veículo regional o motorista Carlos Alexandre de Souza (foto) mostrou que não se con­formava com o veículo que trabalhava ter sido incendiado. O veículo estava estacionado na rua no bair­ro Harmonia, próximo de onde ele mora. Outros veículos também foram incendiados.

“É ridículo o que aconteceu, o ônibus é o pão nosso de cada dia e quem sofre com o prejuízo agora é a gente, prejuízo é nosso mesmo”, afirmou.

Carlos disse que tinha a­cabado de chegar em ca­sa, quando os vizinhos gritaram do portão da casa de­le falando que o ônibus estava pegando fogo. Ele trabalha na empresa que pres­ta serviço de transporte para trabalhadores a usinas na região e faz este serviço há um ano e oito meses.

“Tentei entrar no ônibus para apagar com um extintor e não consegui. O fogo se alastrou rápido demais e só deu para chamar os bombeiros”, afirma. O ônibus ficava estacionado ao lado de uma praça.

Além deste ônibus, outros 14 foram incendiados dentro do pátio de uma empresa e outros nove carros foram queimados no pátio da Ciretran da cidade.

Os ônibus estavam estacionados na garagem da empresa de transportes que fica próximo ao Distrito Industrial. No alambra­do que cerca a pátio foi encontrado um buraco por onde os vândalos podem ter passado para atear fo­go nos veículos. Segundo a empresa, os ônibus eram usados no transporte rural e intermunicipal.

Já no pátio da Ciretran, o vigia disse que ouviu um barulho e em seguida o fo­go começou. As chamas se alastraram e os bombeiros tentaram con­ter o incêndio. Os veículos queimados tinham si­do recolhidos pela polícia em fiscalizações por irregularidades administrativas e iriam a leilão. No total sete carros, dois caminhões e uma car­retinha foram queimados.