04 de setembro | 2009

Professor acusado de pedofilia se entrega em Embaúba

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O professor de educação física Marcos Antônio Galeano Júnior, vulgo Marquinhos, de 43 anos de idade, que reside na rua São Domingos, número 25, região central da cidade de Embaúba, que está sendo acusado de prática de pedofilia contra seus alunos, se entregou no início da manhã da sexta-feira, dia 4, por volta das seis horas, na Delegacia de Polícia local. A informação foi confirmada pelo delegado João Brocanello Neto, que passou a presidir o inquérito policial, em substituição ao delegado Celso Spadácio, que entrou em período de férias a partir da segunda-feira, dia 31 de agosto.

“Ele entrou em contato com os policiais civis do município de Embaúba, demonstrando desejo de se apresentar. A prisão foi concretizada e, agora, logo por volta das 6h20, recebi a ligação dando conta da prisão. Agora, estamos apenas resolvendo a situação de onde encarcerá-lo, até para preservar a integridade física e mental do acusado”, explicou o delegado, durante entrevista que concedeu ao repórter Walter Carucce, da Folha da Região.

Sua prisão foi decretada na quinta-feira, dia 3, pelo juiz Hélio Benedine Ravagnani, titular da 3.ª vara de Olímpia, em atendimento ao pedido feito ainda pelo delegado Celso Spadácio. De acordo ainda com Brocanello, já foram instaurados e relatados oito inquéritos policiais contra o professor, acusado no artigo 217 A, nova modalidade de crime sexual, regulamentada pela Lei 12.015, ou seja, ‘crime de pedofilia’.

Consta que até agora, 11 crianças denunciaram o acusado à polícia. As vítimas são crianças com idades entre nove e 13 anos. Uma das agressões sexuais, segundo Brocanello, teria sido fotografada por uma professora, material que deu início às investigações que culminaram na decretação da prisão preventiva do professor.

A primeira denúncia chegou à delegacia no dia 24 de agosto, registrada pela mãe de uma das supostas vítimas. Ainda ao delegado Celso Spadácio, as crianças afirmam que durante as aulas o professor pedia para que elas sentassem em seu colo e sugeria a utilização de saias curtas durante o período em que estavam no projeto.

Na segunda-feira, dia 31, o professor prestou depoimento sobre as acusações que pesam contra ele. Porém, suas declarações não foram divulgadas, mesmo porque as investigações correm em sigilo. Consta que o acusado é universitário e bolsista e por isso tem que trabalhar num projeto da prefeitura municipal, para garantir sua bolsa de estudos.

Por outro lado, oito crianças já fizeram exames no Instituto Médico Legal (IML), de Barretos, para comprovar se sofreram ou não abuso sexual. O resultado deve sair em 30 dias. O Código Penal prevê pena de oito a 15 anos de prisão para quem praticar ato libidinoso ou manter relação sexual com adolescente menor de 14 anos. Se a prática provocar lesão corporal grave, a pena chega a 20 anos de prisão.

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