04 de agosto | 2013

Presidente saca Gapo da administração do clube

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Foi confirmado oficialmente pe­lo presidente do Olímpia FC, o em­presário Milton Aparecido da Silva (foto), que o GAPO – Grupo de A­poio a Olímpia está fora da administração do clube olimpi­ense. Declarou que o motivo é que não admite facção, com pre­tensões políticas no comando do alvice­leste.

As afirmações do presidente Milton da Silva foram prestadas em entrevista levada ao ar ontem em uma emissora de rádio local. O presidente foi enfático em afirmar que o GAPO está fora do Olímpia FC. Alegou que “não podemos admitir grupo com pretensões políticas na direção do clube. Não tenho nenhum interesse político na cidade”, afirmou Milton.

Sobre a importância da participação do GAPO no clube, Milton declarou que o grupo apenas administra o dinheiro arrecadado oriundo dos carnês dos sócios torcedores. “O GAPO não dá dinheiro para o Olímpia, apenas repassa o dinheiro que os torcedores compram os carnês, com o objetivo de colaborar com o Olímpia e não com o GAPO”, enfatizou.

Na entrevista o presidente Milton declarou que o GAPO, com os sócios torcedores, arrecada cerca de R$ 200 mil por ano, mas com a inadimplência esta arrecadação deve cair para cerca de R$ 170 mil. No entanto, segundo o presidente o GAPO repassa apenas R$ 10 mil mensais ao clube, deixando a entender que cerca de R$ 70 mil ficariam para o grupo, não explicando porque.

O presidente declarou que com a saída do GAPO da administração do clube os ex-dirigentes, Val­ter Joaquim Bitencourt, José Ro­ber­to Olmos, o “Pituca” e José Ro­berto Galvão, o Pelé, estão voltando a participar da diretoria. Biten­court confirmou que está voltando e será o elo de ligação da diretoria com a prefeitura e também atuará como chefe da delegação quando o time jogar fora de Olímpia. Já “Pe­lé” declarou que foi “intimado” por Valtinho para voltar a ser diretor. No entanto, declarou que a possibilidade de ocupar cargo está totalmente descartada. Mas, admitiu que poderá conti­nu­­ar colaborando com o clube. Já “Pituca” não foi encontrado pela reportagem. 

Por sua vez, o presidente Milton da Silva declarou que espera contar com a presença dos torcedores nos jogos no estádio “Teresa Bre­da” e nas promoções do Olímpia FC. Reclamou que as arrecadações continuam sendo muito fracas. Enfatizou  que o custou mensal do clube é de cerca de R$ 100 mil, sendo que deste total R$ 65 mil é referente a folha de pagamento.

”BOTA FORA” NA QUARTA-FEIRA

Integrantes do GAPO afirmam que foram humilhados na noite de quarta-feira, antes da partida contra o XV de Jaú, pois teriam sido impedidos de trabalhar sem nenhum aviso prévio por parte da presidência. O GAPO era responsável pelo bar e pela venda de ingressos nas bilheterias.

Os membros do GAPO afirmam que foram surpreendidos pela decisão da presidência que contratou pessoas para ocuparem seus postos. O presidente Milton, em entrevista, confirmou a atitude declarando que foram colocadas pes­soas que ocupam cargos de confiança nas suas empresas nestes locais, para ele ter o controle do que é arrecadado nos jogos.

O OUTRO LADO       Integrantes do Gapo se sentiram humilhados na quarta-feira quando foram impedidos de trabalhar no jogo.

Para tesoureiro Milton ficou sem o Gapo
e não vai conseguir o apoio da prefeitura

“Lamentáveis”. Assim o tesoureiro do GAPO e do Olímpia FC, Túlio Antônio Pinheiro, definiu as atitudes e declarações do presidente Milton Aparecido da Silva. “Ele não vai conseguir o apoio da prefeitura e perdeu o apoio do GA­PO”, ressaltou. O ex-dirigente, no en­tanto, afirmou que confia no empresário e vice-presidente Ai­r­ton Aparecido da Silva, irmão do presidente, quanto a honrar os custos originários da participação do clube até o final do campeonato.

Túlio Pinheiro (foto) declarou ter ficado surpreendido com as atitudes e declarações do presidente e que se sentiu humilhado na quarta-feira, quando juntamente com os outros integrantes do grupo foi impedido de trabalhar no jogo.

“Me parece que esta atitude de tirar o GAPO da direção é para conseguir apoio da prefeitura, o que não deverá acontecer e ainda ele perdeu o apoio do nosso grupo”, comentou.

O tesoureiro garantiu que no GAPO não tem ninguém com pre­tensões de disputar cargo de prefeito. “Nosso grupo é formado por trabalhadores e pessoas inteligentes e que não pleiteiam cargos políticos, não sei de onde tiraram isso.”

Sobre o que foi acordado com a presidência, todas as obrigações do GAPO, estão sendo cumpridas religiosamente, garantiu Pinheiro.

Quanto ao arrecadado com os sócios torcedores, Túlio Pinheiro informou que, descontando uma inadimplência de 20%, será arrecadado neste ano cerca de R$ 146 mil, corresponde a 446 carnês (15  diamantes, de R$ 100,00/mês, 83 prata, R$ 50,00/mês e 348 bronze R$ 30/mês).

Contou que os custos dos prêmios chegam a R$ 38.200,00 (10 televisores R$ 10 mil, uma moto R$ 6.200,00, um carro R$ 22.0­00­,00 . Informou que o custo opera­ci­onal – aluguel da sala, funcionário, telefone, CPFL e contador), chega em torno de R$ 30 mil/ano. Com o total arrecadado restam cerca de R$ 105 mil, que são repassados ao clube, parcelados em R$ 10 mil/mês.

Ainda declarou Túlio que o GA­PO tem adiantado pagamentos ao clube, devido a situação financeira difícil. Informou que entregaria sua carta de demissão do cargo até o final da tarde de ontem.

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