30 de janeiro | 2011

Prefeitura não consegue coibir uso e tráfico de drogas em UBS

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A Prefeitura de Olímpia não está conseguindo coibir o uso e tráfico de entorpecentes que, provavelmente, estaria ocorrendo no prédio onde funcionava a Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Clodoaldo Marins Sarti, localizado na avenida dos Constitucionalistas de 32, Jardim Santa Ifigênia, zona norte da cidade.

Pelo menos é isso o que se pode depreender das explicações dadas no início da tarde desta sexta-feira, dia 28, pelo diretor presidente da Prodem (Progresso e Desenvolvimento Municipal), Vivaldo Mendes Vieira.

A empresa ainda é responsável por pelo menos parte dos vigias contratados para atuarem na segurança de edificações do município, caso em que se enquadra a UBS. A questão envolve a própria segurança do vigia noturno. “O vigia não tem condições de trabalho”, asseverou Vivaldo Mendes. Esse vigias, segundo o diretor, não atuam armados, como ocorre com guardas municipais de muitos municípios.

No entanto, Mendes explica que não lhe foi solicitada a permanência de um vigia também durante o dia. “A pessoa responsável por fiscalizar o trabalho dos vigias esteve lá ontem (5.ª feira), para saber como estavam as condições de trabalho e teve de sair rapidamente por ter sido ameaçado”, conta.

A situação de abandono era a mesma na tarde desta sexta-feira. Por volta das 15 horas foi registrada a imagem de um cavalo amarrado em uma árvore do jardim da frente da UBS, pastando no canteiro de grama.

REVEJA O CASO
Como se recorda, na edição do sábado, dia 22, esta Folha publicou que, fechado e abandonado desde maio de 2010, poderia estar sendo usado, tanto para o consumo, quanto para o tráfico de drogas.

A possibilidade das duas situações estarem ocorrendo surgiu a partir de uma reportagem no início da noite de sexta-feira, dia 21, por volta das 18h40.

Além da afirmação de um senhor que estava parado do lado de fora, informando que realmente isso ocorre no interior do prédio, o próprio cheiro encontrado no local, estranho a uma pessoa de bem, leva a imaginar que realmente o local esteja sendo usado ilegalmente.

Além disso, numa das imagens registradas, mostrava uma pessoa andando em cima do telhado e outra, também no telhado, num ponto onde a telha de amianto está quebrada, podia se notar que havia dois pacotes dentro de sacos plásticos brancos, o que também levava a imaginar a situação de tráfico, principalmente em razão do tamanho dos dois embrulhos.

Pode ser que o local seja uma espécie de centro de controle da venda de entorpecentes na avenida dos Constitucionalista de 32, onde, segundo o noticiário diário local, sempre registra casos do tipo. Afora isso, o estado de abandono já é preocupante.

As pichações predominavam na parede frontal do prédio, não só com inscrições que fazem menção a gangues, mas também a possível incitação à violência. Na esquerda, para quem está de frente para o prédio, há o desenho de um revólver disparando um tiro, com a inscrição “Vida+Loka”, acima.

No interior do prédio havia muita sujeira espalhada pelo chão e foram encontrados vários pontos de depredação, como vidros, paredes quebradas; pias, portas e vitrôs arrancados; e, ainda, um aparelho de televisão antigo largado no chão de uma das salas. Em cima da cobertura, várias telhas quebradas.

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