17 de outubro | 2011

Prefeitura construiu cozinha da Santa Casa com erro de projeto

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Além de considerada em um local inadequado – foi construída ao lado da lavanderia – a cozinha construída pela empresa Olívio & Aguilar, sob a orientação e fiscalização da Prefeitura Municipal de Olímpia, apresenta também problemas estruturais em relação, principalmente, ao projeto executado.

A essa conclusão se pode chegar através das explicações do provedor Mário Francisco Montini, durante entrevista coletiva que concedeu no final da tarde da terça-feira desta semana, dia 11, na qual, embora sem afirmar taxativamente que houve erro, deixa claro e contesta o que foi feito em relação ao assunto.


Pelo que se entende da explicação, a cozinha foi construída em plano alto e com escadas, sendo que, para servir as refeições aos pacientes, são utilizados grandes e pesados carrinhos. “Teve projeto para fazer desse jeito e para funcionar tem que abrir aquilo ali, porque ninguém vai sair com um carrinho para subir a escada lá”, afirmou.


E acrescentou: “Eles precisam fazer ainda a ligação (com rampa) da cozinha com o corredor (do hospital). Vai ter que quebrar a parede e fazer uma cobertura, senão não tem jeito de usar e vai depender também de recursos da Prefeitura. Porque a Santa Casa vai gastar para isso? Eles que projetassem direito na época”.


Mas Montini, em seguida, quando questionado se confirmava o possível “equívoco” na elaboração do projeto da obra, preferiu não afirmar taxativamente o possível erro. “Fizeram para economizar e não concordo com a economia”, preferiu dizer.


EQUIPAMETNOS NOVOS


Por outro lado, embora a antiga provedora já tenha afirmado que deixou equipamentos novos adquiridos,  Montini afirmou que pretende obter equipamentos novos antes de começar a operar com a nova cozinha. Para tanto, diz que já há um projeto sendo estudado e uma empresa de Olímpia se dispondo a ajudar.


Mas fez um reclamo sobre essa necessidade que entende haver. “É um problema sério. Não quero presente de grego para a Santa Casa. Veio o dinheiro e se fez a cozinha, mas e os equipamentos?

Não vou tirar as coisas velhas da cozinha aqui e por lá na cozinha nova. Não cabe e nem tem jeito de aproveitar”, disse.

“Tenho que fazer a adequação e estamos trabalhando para isso. Temos que montar um sistema novo também de como vai servir a alimentação”, diz. Mas tem pressa em resolver esse problema.

“A construção já foi vistoriada pelo Governo do Estado. Existe um prazo para funcionar efetivamente, só que não faço milagre. Temos outras prioridades e não podemos usar os recursos para fazer isso”, contou.

DISCORDÂNCIA


No entanto, há quem se posicione contrário a essa necessidade. É o caso da ex-provedora Helena de Souza Pereira, que se manifestou na manhã de ontem, em uma emissora de rádio local, afirmando que os equipamentos de cozinha são novos e foram doados por Eunice Carvalho Diniz.


Como se recorda, a cozinha começou a ser construída a partir de dezembro de 2010, a partir do momento em que o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, anunciava que a licitação havia sido vencida pela empresa Olívio & Aguilar.


A obra teria um custo de R$ 100.357,64, advindo de um convênio com o governo do Estado de São Paulo. Porém, os valores finais podem ter chegado, de acordo com as informações que nunca foram negadas, a até R$ 150 mil.

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