Coincidência ou não, depois que o prefeito Eugênio José Zuliani fez uma reunião com três integrantes das manifestações que vinham ocorrendo pelas principais ruas de Olímpia e que chegou a reunir quase duas mil pessoas, com a finalidade de apoiar o movi­men­­to nacional, mas também para reivindicar melhorias em vários setores da cidade, acabaram adormecendo. Fato é que no dia seguinte um novo manifesto foi abortado, mesmo depois de divulgado em página do site de relacionamento pessoal, facebook.

O encontro foi realizado na manhã do domingo, dia 30, no ga­binete do prefeito, que se comprometeu com os manifestantes em marcar novas reuniões para discutir os problemas do município de Olímpia, pelo menos.

Além do prefeito, também estiveram presentes: o secretário municipal de Governo e de Imprensa, Paulo Marcondes; e a secretária de Saúde, Silvia Elisa­be­th Forti Storti. A pauta desta pri­meira reunião foi a Saúde do município, assunto solicitado pelos representantes do Movimento.

Embora se comente nos meios políticos que as respostas teriam sido diferentes, inclusive sem que correspondesse aos anseios dos manifestantes, o prefeito deu outra versão para o resultado do encontro. “Respondemos e esclarecemos algumas partes dos ques­ti­onamentos, outra parte será discutida em nova reunião”, disse.

Mas ele se preocupa em não demonstrar contrariedade com os manifestantes, dizendo que é favorável ao movimento e as manifestações desde que sejam feitas de forma ordeira e coerente. “Estou aberto a ouvir e receber em meu gabinete quem tiver dúvidas quanto à administração, foi uma reunião saudável”, teria comentado.

REUNIÃO PARA MARCAR OUTRA REUNIÃO
Mas como quase sempre e pelo menos é esse o entendimento da maioria, o encontro serviu para marcar outra reunião. Nessa reunião, por exemplo, ficou decidido em comum acordo que novas reuniões serão marcadas para que sejam debatidos outros temas e a continuidade do tema ‘saúde’.

“Gostei muito da reunião e das reivindicações. Vamos evoluindo e já estamos marcando novas datas”, afirmou o prefeito, que recebeu o arquiteto Marcos Domingos, o professor Marcozalem Gomes e o estudante Diego André Souza.

FUNCIONÁRIO PÚBLICO APARECE COMO LÍDER
Por outro lado, o que leva a crer em algo estranho no ar, pelo menos, é o fato de o professor da rede municipal de Ensino, Marco­za­lém Calsavara Gomes, funcionário efetivo da EMEB “Profª Ze­na­ide Rugai Fonseca”, ter participado desse encontro com o prefeito;

Estranho porque o professor, segundo informação publicada em um site que, segundo consta tem bastante proximidade com o gabinete do prefeito, Marcozalém Calsavara Gomes, teria sido o ide­alizador da primeira manifestação, aquela que reunião quase du­as mil pessoas.

Mas segundo o mesmo site, ele não teria gostado do resultado e teria reclamado a um policial militar que havia perdido o controle da manifestação que era para sair da Estação Rodoviária Paschoal Lamana ir até à Câmara Municipal e apenas retornar ao ponto inicial, dispersando em seguida.

A reclamação teria sido porque, quando os manifestantes chegaram de volta à rodoviária, seguiram pela Rua Nove de Julho, passaram pela Prefeitura, foram até à residência do prefeito, indo depois em direção ao prédio onde está o gabinete do prefeito. Somente depois é que retornaram pra a rodoviária e dispersaram.

4.º ATO FRaCASSA COM APENAS 20 PESSOAS
A partir do resultado do 4.º Ato Olímpia, que estava marcado pa­ra a segunda-feira desta semana, dia 1.º, pode se afirmar que acabou o gás do movimento de apoio às manifestações que têm acontecido em todo o Brasil, mas que também vinha fazendo reivindicações locais ao prefeito Eugênio Jo­sé Zuliani, dentre elas a redução da tarifa do transporte coletivo público, medida já anunciada co­mo praticamente impossível pelo presidente da Prodem (Progresso e Desenvolvimento Municipal), A­ma­­ury Hernandes, responsável pelo setor.

A essa conclusão se pode chegar depois da constatação feita na noite da segunda-feira desta semana, dia 1.º, na Estação Rodoviária Paschoal Lamana, região central da cidade, para onde estava marcada a concentração dos manifestantes.

E o que se viu no local foi apenas a presença de 20 pessoas aproximadamente e, ainda assim, com integrantes do movimento informando que não haveria protesto pois já teriam alcançado o objetivo ao conseguirem uma reunião com o prefeito.

Um dos integrantes do grupo, que não quis se identificar, dizia que o coletivo não havia programado nenhuma manifestação, já que o objetivo já teria sido alcançado em Olímpia após a reunião com o prefeito em dia anterior.

O grupo já teria participado de encontro com o prefeito no domingo, dia 30 e ele estava na Rodoviária para avisar o pessoal que não teria protesto algum, pois já estavam conversando com o prefeito.

Comentou também essa pessoa, que há muitas polêmicas, inclusive na rede de relacionamentos fa­ce­book e que alguma pessoa teria pos­tado que haveria a 4.ª manifestação em Olímpia, uma coisa que a maioria não tinha conhecimento e consequente aprovação, porque não foi divulgado pela página oficial do movimento.

Segundo informou também não existe um líder já que todas as decisões são tomadas em conjunto e que todos tem voz ativa para opinarem e que até o momento não havia motivo para fazerem mais protestos.

Daqui para frente, segundo es­sa pessoa, a tendência é ter algumas reuniões para serem trans­mitidas as informações obtidas nas reuniões junto ao poder público de Olímpia.

Segundo informou também, a reunião com o prefeito foi para tratar de assuntos relacionados à saúde, que é considerado pelo movimento o ponto principal dessas reivindicações, mas que ainda serão feitas novas reuniões, porque o assunto é muito complexo, inclusive há divergência sobre como funciona a Santa Casa de Olímpia.