04 de setembro | 2013

Prefeito de Palestina nega recebimento de propina da Máfia do Asfalto

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O prefeito de Palestina, Fernando Semedo, negou participação no pagamento de suposta propina no valor R$ 30 mil para liberar a obra de um loteamento no município. Ele prestou depoimento na sede do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), na última segunda-feira, em investigação conduzida pela Procuradoria Geral de Justiça – que possui prerrogativa para investigar prefeitos.

De acordo com o jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, Semedo afirmou em depoimento ao Gaeco que sequer conhece os representantes do Grupo Scamatti, responsável pelo empreendimento imobiliário na cidade.
“Os pedidos apresentados por eles para a aprovação do loteamento foram negados. Não aprovei nada e não os conheço. Nunca falei com eles (irmãos Scamatti)”, afirmou o prefeito.

Os promotores do Gaeco já haviam tomado o depoimento do empresário Olívio Scamatti, apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como chefe de quadrilha responsável por fraudar licitações de pavimentação asfáltica em 78 prefeituras na região noroeste do Estado. Mas ele se calou sobre a questão.
Interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça apontam que funcionário do Grupo Scamatti teria entregue R$ 30 mil no escritório do assessor jurídico da prefeitura Sílvio Roberto Seixas Rego. As acusações constam em relatórios feitos com base em escutas telefônicas com autorização judicial. Seixas Rego negou veementemente o recebimento de qualquer valor. “Não tem nada de verdade nisso. Não tem prova alguma em relação a isso”, afirmou o advogado da prefeitura.

De acordo com o assessor de Semedo, o Gaeco possui uma fotografia de um funcionário do Grupo Scamatti em frente ao seu escritório em Rio Preto. Ele afirmou, no entanto, que isso não significa que houve qualquer tipo de pagamento para a liberação de obra no município.
“Em momento algum exigimos qualquer coisa. Isso nunca aconteceu”, afirmou Seixas Rego.O Ministério Público também ingressou com ação civil pública contra o prefeito por conta da suposta irregularidade. O processo tramita em segredo de Justiça no Fórum de Palestina.

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