05 de maio | 2013

Polícia investiga carta que promete pagar aposentadoria complementar

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A Polícia Civil de Olímpia está investigando a origem de uma carta que tem sido entregue em residências da cidade, prometendo o pagamento de aposentadoria complementar, que estaria relacionada a pecúlios, que há décadas tiveram as falências decretadas pela justiça. Essas correspondências estariam sendo remetidas em nome do Setor de Cartas Pre­ca­tórias Cíveis, do Fórum Helly Lopes Meirelles, em São Paulo.

A informação foi confirmada pelo delegado João Brocanello Neto, atualmente atuando em Barretos, mas que teve conhecimento do caso. Ele alerta que nem a Justiça e nem o Estado enviam comunicados através desse tipo de comunicação.

Trata-se de uma carta até confusa, direcionada a aposentados, com mais de 60, principalmente que tiveram valores descontados de suas folhas de pagamento a título de aposentadoria complementar, cujos benefícios foram cancelados sem prévio aviso.

Citando inclusive valores, a carta anuncia que a pessoa que a recebeu estaria sendo beneficiada por uma Ação Pública já em fase de execução e que a mesma estaria relacionada em um acórdão judicial já de 2.ª instância, afirmando que a sentença já estaria em fase de execução.

Uma dessas correspondências, cuja cópia chegou à redação desta Folha, foi entregue em uma residência do Jardim Santa Júlia, zona oeste da cidade.

Nela constam valor inicial e valor corrigido, isso até março deste ano, cujo depósito judicial teria sido efetuado no dia 17 de abril de 2004. Além disso, consta também o valor de R$ 3.998,90, que seria a título de uma taxa judiciária.

Mas é aí que reside o perigo da pessoa cair em um golpe considerado perfeito pelo estelionatário, pelo menos até hoje, embora investigado sempre que ocorre.

Depois de citar a obrigação de recolher o valor da taxa judiciária, a confusa carta indica números de telefones, um deles celular, para que a pessoa elimine quaisquer dúvidas que tiver.

O golpista procura dar um ar de seriedade, inclusive, informando número de ramal, mas após o numero do telefone celular, para atendimento de 2.ª a 6.ª feira, no período de 9 a 15 horas.

A carta, elaborada no sentido de uma citação judicial, é assinada e tem o nome de uma pessoa que é identificada como diretor de divisão do setor de Cartas Pre­ca­tórias Cíveis, contendo até um número de matrícula.

Entretanto, quando a pessoa liga aos números indicados na carta será atendida por alguma pessoa que vai propor facilidades para a pessoa que teria o eventual direito de receber o valor. Agindo assim, o estelionatário indicará uma conta corrente em uma agência bancária para que seja efetuado um depósito de valor.

Logo de início a carta cita pecúlios como CAPEMI, IPESP, MONTEPIO MONGERAL, CAISA GERAL S/A SEGURADORA, Mon­tepio Mongeral da Família Mi­litar e Caixa de Pecúlio dos Militares, todos que, também segundo a carta, tiveram as falências de­cretadas no dia 23 de março de 2003.

“Isto é fraude. Estão enviando estas cartas para algumas pessoas em Olímpia. Mas o caso já está sendo investigado. Quem receber esta comunicação deve comunicar imediatamente a polícia”, finaliza Brocanello.

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