07 de abril | 2016

Polícia investiga agressão contra menina de 1 ano e 9 meses em Cajobi

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Da redação e G1
A polícia civil de Cajobi está investigando as circunstâncias que envolvem uma possível agressão grave contra uma menina de um ano e nove meses, moradora daquela cidade. Ela está internada em estado grave, inclusive com morte cerebral, no Hospital da Criança e Maternidade (HCM), em São José do Rio Preto. Mas o hospital apenas informa que o estado de saúde da menina é gravíssimo.

O pai, que passou a quarta-feira, dia 6, na porta do hospital esperando notícias da filha, o pedreiro Márcio Aparecido Romero Prieto, de 35 anos de idade, diz que a mãe da criança, de quem está separado, disse que a menina caiu, mas a polícia está acompanhando o caso e investiga suspeita de maus-tratos.

“Ela está internada em estado grave e estou muito triste, não tem como explicar. Não imaginei que isso poderia acontecer. Queria ficar com a guarda dela, porque eu queria cuidar. Só Deus para recuperar minha filha”, afirma.

Segundo o Boletim de Ocorrência registrado na polícia pela advogada de Márcio, a criança deu entrada no hospital, em Rio Preto, com hematomas pelo corpo, uma costela quebrada, trauma na coluna e sinais de maus-tratos.

A menina e um irmão de 5 anos, também filho do Márcio, vivem com a mãe e o padrasto há dois meses em Cajobi. O pai e a polícia tentam entender o que aconteceu.

“O Conselho Tutelar de Cajobi me ligou, por volta de meia-noite, e falou que minha filha tinha caído. Que tinha sido levada para o hospital de Cajobi. Depois foi para Olímpia, e de Olímpia foi para o Hospital de Rio Preto. Depois de meia hora que o Conselho Tutelar me ligou, a mãe da criança ligou falando que a criança tinha caído e estava no hospital grave”, diz.

A delegada que cuida do caso não quis dar entrevista, mas disse à equipe da TV TEM que já ouviu a mãe, o padrasto e o pai da criança. Pelos depoimentos, segundo a delegada, a criança deixou a creche na segunda-feira em condições normais, mas, na mesma noite, foi levada pela mãe ao pronto-socorro da cidade.

Funcionários da creche e os médicos que atenderam a criança também já foram ouvidos.
O Conselho Tutelar foi acionado para acompanhar o caso. O G1 e a TV TEM tentaram contato com a mãe e o padrasto, mas eles não foram encontrados.

No boletim de ocorrência consta que a mãe trabalha em Guapiaçu das 13 horas até 1 hora da madrugada. As crianças, o bebê e o filho de 5 anos ficam na escola das 13 horas às 17 horas e depois ficam sob os cuidados do padrasto até a mãe voltar e pegar as crianças.

O Conselho Tutelar de Cajobi informou que, por enquanto, não vai se manifestar a respeito das denúncias e a Polícia Civil de Cajobi investiga o caso.

De acordo com a advogada do pai, Daiane Luizetti, há 15 dias ele foi ao Conselho Tutelar de Cajobi para denunciar suspeita de maus-tratos e foi encaminhado ao Ministério Público.

A advogada diz que já existe um processo de regulamentação de guarda e busca e apreensão movido pelo pai do bebê, pois ele desconfiava que a filha era agredida. Daiane diz que os dois foram casados por 10 anos e tiveram os dois filhos.

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