07 de dezembro | 2021

PM vai cumprir mandado, acha drogas e algema advogado suspeito de esconder dinheiro

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Advogado olimpiense acabou detido por suposta tentativa de supressão de provas (dinheiro). Caso será investigado pela Polícia Civil de Olímpia que abriu um Inquérito em apartado.


Na manhã segunda-feira, 06, equipes da PM de Olímpia quando estavam cumprindo um mandado de prisão da justiça criminal local, acabaram flagrando mais drogas na casa do suspeito e detendo e algemando um advogado presente suspeito de esconder dinheiro.

Durante a ação policial na casa o suspeito com mandado de prisão expedido ESA, 29 anos, pintor, morador no Quinta da Colina os deram voz de prisão conseguiram autorização dele para entrada na casa onde ele confessou que existia drogas e ainda apontou o fundo da casa em cima de um balcão.

Na busca na carteira de ESA os policiais encontraram a quantia de R$ 762,00 que teriam sido colocadas ao lado da droga em cima do balcão.

Diante dos fatos os policiais deram nova voz de prisão, agora pelo novo crime de tráfico de drogas.

ADVOGADO CHEGOU
COM A ESPOSA DO ACUSADO

Segundo o BO, durante a ação policial chegaram ao local a esposa de ESA, LG, de 28 anos, acompanhada do advogado LCR.

Os policiais alegaram que o advogado passou a tumultuar a diligência no local quando por um lapso dos policiais, o preso ESA tentou fugir e foi detido novamente quando já estava chegando para a rua.

Segundo o BO, a droga e o dinheiro, quando foram conter a fuga do acusado, ficaram no interior da casa e ao retornarem, os R$ 762,00 haviam desaparecido.

PM DIZ QUE ADVOGADO
TENTOU ESCONDER O DINHEIRO

A dona da casa e esposa de ESA foi a primeira a ser questionada se havia pego o dinheiro e ela de pronto negou. 

Segundo o BO PC, neste momento o advogado pediu para conversar a sós com a esposa do preso e neste momento um policial teria visto quando o advogado teve uma atitude estranha, tentando repassar “algo” para a esposa do autuado, momento em que os policiais fizeram a intervenção e encontraram então o dinheiro que havia sumido.

Segundo a PM, o advogado teria pego o dinheiro enquanto os policiais faziam a nova detenção de ESA na rua e tentou repassar para a esposa do preso, o que ela rejeitou.

ADVOGADO FICOU EXALTADO

Ainda de acordo com o BO, com a descoberta dos policiais o advogado teria ficado exaltado e falava que o dinheiro teria sido entregue a ele pela esposa do preso, que dizia que não era verdade, desmentindo o advogado na frente dos policiais.

Neste momento os policiais teriam pedido que o advogado se acalmasse, mas como este continuou exaltado acabou sendo algemado para contê-lo e evitar um problema maior ali na casa.

O advogado, segundo contaram os policiais, se recusava a comparecer na delegacia para dar explicações sobre sua tentativa de suprimir provas encontradas.

Mesmo contra a vontade e advogado e todos os envolvidos foram conduzidos para a delegacia de Olímpia.

PINTOR FOI PARA COLINA

Na delegacia o dinheiro e a droga apreendida pela PM foi apresentada à Polícia Civil e o caso registrado sendo que a droga apresentou teste positivo para maconha.

Enquanto o pintor era encaminhado para a Cadeia Pública de Colina o advogado foi liberado pela autoridade policial, na presença do presidente da OAB local, Edson Rodrigo Neves, que acompanhou o caso. O caso agora será investigado para descobrir se ele tentou mesmo ou não suprimir provas contra o pintor atuado.

Segundo o BO PC, quanto ao suposto “furto” do dinheiro ou uma tentativa de suprimir provas foi instaurado um Inquérito Policial em apartado para poder investigar e esclarecer melhor o caso, devido as versões e depoimentos conflitantes das partes.

A mulher do autuado figura no processo como testemunha quanto as droga e grana encontradas na casa e investigada quanto a tentativa de suprimir provas contra o marido, o que ela nega veementemente.

A VERSÃO DO AUTUADO

Segundo informações, no depoimento prestado pelo autuado por Tráfico de Drogas ESA, na delegacia de Olímpia, ele declarou ser apenas usuário da droga apreendida na casa dele e que na verdade ele estava sendo preso pelo Mandado de Prisão contra ele por crime anterior.

Teria dito ainda que autorizou as buscas na casa quando os policiais acharam a droga que era apenas para seu uso pessoal. Que tentou fugir da ação policial por medo das circunstâncias. Por fim disse que nega ser traficante.

A VERSÃO DO ADVOGADO DETIDO!

Já o advogado LCR que foi algemado e detido para averiguação, ao que se informa, declarou que foi acionado pela esposa de ESA já que advoga em dois processos dele. Que a esposa disse a ele que os policiais estavam levando o marido dela preso. Que ele imediatamente passou no trabalho dela e foram juntos para o local onde a PM fazia a diligência. 

Que se identificou como advogado e teve acesso ao local. Lá ele disse que questionou um dos policiais sobre o Mandado contra seu cliente quando o PM teria dito que estava no celular. O advogado então teria solicitado ao PM que mostrasse o documento quando este teria dito que não estava com o celular mas que na delegacia.

O advogado contou também que o PM teria questionado o advogado se ele achava que os policiais estavam ali brincando, momento em que o advogado concordou que não, que estavam de fato fazendo o trabalho deles, mas que ele queria ver o documento que mandava prender seu cliente.

Que neste momento o policial que estava no comando da operação na casa, teria convidado o advogado para ir até o quarto acompanhar as buscas, momento em que o policial aproveitou e mostrou a ele o Mandado de Prisão no celular. Que ele então entrou e acompanhou os policiais durante as buscas no local.

Que durante um embate entre advogado e PM, o autor tentou fugir quando os policiais foram no encalço dele. Que ele foi até o portão e viu quando o autor foi detido novamente e que neste momento a esposa do autor, L., saiu da casa levando a carteira do marido e que ao sair ela pegou um dinheiro na carteira do marido e entregou a ele (advogado).

Que ele avistou um dichavador e um isqueiro no balcão, pegou os objetos e foi entregar aos policiais momento em que um PM teria dito que ele estava ocultando provas.

O advogado afirmou também que em seguida teria recebido voz de prisão de um outro PM pelo fato de estar tentando suprimir provas. Que foi colocado na viatura e levado para a delegacia junto com as partes onde o caso foi registrado e será devidamente apurado.

A VERSÃO DA ESPOSA DO AUTUADO

Segundo a versão dada pela esposa do autuado, ela teria sido avisada por vizinhos que a PM estava em frente a casa dela. Que ela foi para o local acompanhada do advogado do marido e que lá ela viu vários policiais militares, sendo informada então sobre o cumprimento de um Mandado de Prisão contra ele.

Que durante as buscas no local de fato foram encontrados dinheiro e maconha. Que desconhecia. Que foi convidada também pelos policiais para acompanhar as buscas no quarto do casal não sabendo precisar onde estava o advogado nesse momento.

Que de repente os policiais gritaram e todos saíram da casa. Que ela foi até a porta onde o advogado a procurava. Que o marido foi capturado, algemado e colocado na viatura.

Que neste momento de tensão, ao retornarem para dentro da casa para pegar a droga e a grana apreendida, eles perceberam a ausência do dinheiro sendo questionada se ela havia pegado. Que ela respondeu que não!

Que neste momento os policiais passaram a indagar o advogado pois ele havia ficado sozinho no imóvel enquanto os policiais recapturavam o marido dela.

Que como em determinado momento o advogado foi até o carro, os policiais, desconfiados dele, pediram para que ele mostrasse o seu carro para eles (os policiais) checarem se a grana estava escondida no interior dele.

Que após tal pedido dos policiais o advogado pediu para falar com ela a sós e que os policiais negaram pois a grana estava desaparecida. Que em seguida um PM decidiu permitir que os dois se falassem a sós, desde que na presença de um policial. Que no momento em que se falavam, no interior do quarto do casal, com a supervisão de um PM na porta, o advogado tirou do bolso algumas notas de dinheiro e com a intenção de entregar para ela guardar, momento em que ela devolveu dizendo: Toma! Toma! Toma!.

A declarante disse que sem saber a origem daquele dinheiro passou a dizer que não aceitaria pegar o dinheiro momento em que o PM que fiscalizava a distância, percebendo a ação do advogado, o interceptou prendendo-o no local.

Por fim ela disse que não sabia a origem do dinheiro grana em questão e que nega que tenha pegado o dinheiro. Ou seja, contradizendo a versão do advogado dada na delegacia de que ela é que teria passado a ele a grana.

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