Pela primeira vez na história a cidade de Olímpia uma mulher assume o comando da Polícia Militar. Trata-se da capitão feminino, Marililzi Scompanin Guedes Furtado (foto), promovida para o posto no dia 15 de novembro de 2008, depois de uma trajetória de 20 anos na corporação. Sua chegada no final da tarde da quarta-feira desta semana, dia 25, praticamente coincide com as comemorações dos 106 anos da cidade. "Ingressei como soldado no ano de 1988 e em 1989 trabalhei em Ribeirão Preto", informou à reportagem desta Folha da Região.

Depois de trabalhar em Ribeirão Preto e São Paulo, como soldado e cabo, ingressou na Academia do Barro Branco e, depois de quatro anos saiu aspirante: "Trabalhei um ano em São Paulo, na zona leste, e fui transferida para Ribeirão Preto em 1996", acrescentou. Depois de Ribeirão Preto, foi transferida para Barreto e, finalmente, "fui mandada para Olímpia para comandar o pelotão daqui".

Mesmo chegando agora, a comandante elogia a cidade: "Fiquei muito contente quando analisei os índices criminais de Olímpia, porque é uma cidade privilegiada e tranqüila, onde as pessoas são muito educadas".

Porém, não deixou de demonstrar preocupação com a quantidade de furtos em residências: "mas não é tão preocupante porque são crimes de menor potencial ofensivo, que tem condições da gente combater com maior facilidade". Em comparação a Ribeiro Preto, a média de 10 furtos por final de semana, é considerada pequena e fácil de combater com apoio da comunidade.

"Pretendemos fazer um trabalho junto à comunidade de prevenção, não estacionando veículos em locais ermos, não saindo de sua residência e deixando a casa aberta, nunca deixar acumular correspondências no portão, não deixar a luz acesa, porque o marginal percebe que a luz está acesa durante o dia, isso é um indício que não tem ninguém na casa", explica.

"A gente orienta a deixar a chave com um vizinho de confiança, para que ele entre à noite e acenda uma lâmpada, retire toda a correspondência da casa, limpe a varanda, porque varanda suja é indício de que não tem ninguém em casa e o transgressor da lei analisa todos esses fatores. Não agem na primeira vez", acrescentou.

O trabalho no trânsito deverá continuar ostensivo como antes: "O policiamento aqui é um policiamento especializado e bem treinado, então vamos continuar esse trabalho com o trânsito, intensificando o uso de bafômetro com o intuito de evitar acidentes, principalmente aqueles que geram vítimas e que causam dores, muitas vezes levando à morte".

A parte social também será trabalhada: "nas escolas, com o Proerd, através da ronda escolar, da segurança escolar e também com o JCC (Jovens Construindo a Cidadania), onde pretendemos fazer um trabalho social para que esses jovens também nos ajudem".