24 de dezembro | 2021

Para Educadora pandemia trouxe prejuízos para todas as camadas

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EDUCAÇÃO!
 Tecnologia foi muito bem vinda mas não chegou a todas as classes. Muitos não tinham nem internet. “Toda criança nasce com as mesmas capacidades, cabe a nós, sociedade, pais, mães, poder público, garantir a elas as mesmas condições”.


Para a arte educadora, Clarissa Rossi, que atua no ensino fundamental, de Olímpia, 2021 foi pior do que 2020 em termos de pandemia e vai ficar marcado pelos prejuízos que trouxe para todas as camadas do alunado. No entanto, entende que a tecnologia veio para ficar e acredita que ainda novas mudanças deverão ocorrer. Para ela, o ensino é um eterno aprendizado.

Clarissa, no entanto, avaliou 2021 como um ano de esperança. “Não do verbo esperar como ensina Paulo Freire, mas de esperançar. Iniciamos com um novo desafio, o ensino híbrido, que até então era o significado de “resultado do cruzamento de duas espécies diferentes ou de palavra formada por elementos de línguas diferentes”, e torna-se parte da nossa aula. Agora não era mais só ensinar, escutar e atender quem estava em casa no modo on-line, mas também os alunos que, aos poucos, estavam retornando às escolas para o ‘modo presencial’. Essa tarefa foi mais uma vez um grande aprendizado para professores e alunos”, destacou.

AINDA ESTAMOS INSEGUROS

Clarissa entende ainda que foram poucos os setores que não sentiram os danos da pandemia. “Ainda estamos inseguros, buscando segurança na vacina, no uso de máscara e álcool gel. Por maior que seja a dedicação dos companheiros de trabalho, tivemos sim um déficit no ensino e para cada faixa etária um problema significativo. Crianças pequenas, entre 4 e 5 anos, aprendem com as interações no ambiente escolar; entre os jovens do ensino médio a evasão escolar foi fator preocupante, sem contar a falta de investimento para que todos os alunos tivessem as mesmas condições de internet e aparelhos tecnológicos para um desenvolvimento igual. Infelizmente, mais uma vez, os alunos da rede pública tiveram sim menos oportunidades de aprendizagem”.

E complementa: “Os danos serão minimizados com o tempo pois a educação é um processo onde não se pulam etapas, é uma construção diária”.

TECNOLOGIA FOI MUITO BEM VINDA NA EDUCAÇÃO

Sobre a questão de usar a tecnologia no aprendizado, a educadora, explicou que as TICs (tecnologias de informação e comunicação), são utilizadas de diversas maneiras e em vários ramos de atividades e é muito bem-vinda na educação.

“Tivemos agora, com a pandemia, uma grande oportunidade de termos o celular, tablet, computadores, sites, internet, como aliados no nosso cotidiano escolar. Elas são ferramentas poderosas no processo de aprendizagem e cabe ao professor ser um bom mediador para o uso adequado dessas tecnologias”, enfatizou.

Clarissa disse que ainda que muitos já usavam esses recursos em aula, todos tiveram um ganho significativo com as tecnologias e mesmo com o ensino híbrido tanto na escola, como nas artes. “Um exemplo foi nosso FEFOL de 2021. Acredito ser impossível não termos a opção híbrida para os próximos, até é claro, que surja uma nova tecnologia e mais uma vez um novo aprendizado”, completou.

TODA CRIANÇA NASCE COM AS MESMAS CAPACIDADES

Como aprendizado do ano que se finda, a arte educadora, destaca: “sempre seremos surpreendidos e por maior que sejam os desafios, eles sempre nos trarão maiores conquistas do que perdas. Foi um ano muito feliz para mim como arte educadora”.

Já sobre o que esperar de 2022, Clarissa deseja que todas as nossas crianças tenham boas oportunidades, independentemente do local em que estejam inseridas. “Toda criança nasce com as mesmas capacidades, cabe a nós, sociedade, pais, mães, poder público, garantir a elas as mesmas condições”, concluiu.

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