14 de abril | 2013

Olimpienses são presos na “Operação Fratelli”

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Pelo menos de acordo com informações divulgadas nesta sexta-feira, dia 12, a respeito da “O­peração Fratelli” (irmãos em italiano), que fechou a Prefeitura Municipal de Olímpia na terça-feira desta semana, dia 9, do­is olim­pi­enses foram presos temporariamente pela Polícia Fe­deral de São José do Rio Preto.

De acordo com o jornal Diário da Região, trata-se de Jair Emerson da Silva, que recentemente foi motorista do ex-prefeito Dorival Sandrini, conhecido por Dora, de Cajobi, e Humberto Tonani Neto, que segundo consta atualmente reside em Votuporanga.

Assim como os demais, eles foram removidos ontem da carce­ra­gem da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) para o Centro de Detenção Provisória (CDP) em Rio Preto, onde ficarão pelo menos até o final da prisão temporária.

Além dos dois olimpienses, também foram presos: Aluízio Duarte Nissida, Antônio Américo Tama­roz­zi, Edson Scamatti, Fernando Matavelli Júnior, Gilberto da Silva, Luiz Carlos Seller, Olívio Sca­matti, Osmar José Cavariani, Osvaldo Scamatti, Pedro Scamatti e Valdovir Gonçalves.

Consta que depois de reclamarem da comida fornecida pe­lo Estado e das condições de su­per­lotação da DIG, os advogados de 10 deles estavam pedindo que fossem transferidos para Votupo­ran­ga.

Os presos exigiam marmitas externas entregues pela família ou advogados, água mineral e banho de sol, mas não conseguiram os benefícios. Eles passaram a noite confinados numa única cela e dormiram em colchonetes finos, como os demais detentos.

Co­mo havia ameaça de os advogados impetrarem habeas cor­pus, alegando condições su­bu­ma­nas e superlotação na car­ceragem e temendo possível soltura dos presos, o que dificultaria o andamento das investigações, representantes do Ministério Público (MP) passaram a tarde negociando com o Estado a liberação de vagas no CDP.

A autorização excepcional sa­iu por volta das 17 horas. Antes de seguirem para o CDP, os presos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML), onde foram submetidos a exames de corpo de delito, praxe para todos os detentos que ingressam no sistema penitenciário.

O advogado do empresário Lu­is Carlos Seller, Marco Re­be­hy, concordou com a trans­ferên­cia de seu cliente porque as condições na DIG eram inca­bí­veis. “Melhor lugar para eles ho­je é o CDP, que tem mais estrutura”, afirmou ao Diário.

Na quinta-feira, durante o dia, advogados de defesa tentaram ter acesso aos processos, mas foram impedidos logo na recepção do Ministério Público. “A gente não sabe ainda do que se trata (o processo). Nenhum advogado viu o inquérito do GAECO”, afirmou Guilherme San Juan, advogado de Valdovir Gonçalves. Ao deixarem a sede do MP, advogados falavam em revogação do mandado de prisão, ou seja, tentariam habeas corpus para livrar seus clientes do cárcere.

A prisão temporária tem validade de cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco. Mas caso a justiça decida em favor do Ministério Público, os 13 presos ficarão até o dia 19 deste mês na carceragem do CDP.

A alegação é de que as prisões ocorreram para evitar que os envolvidos possam atrapalhar as investigações de fraude em licitações em 77 prefeituras da região de Rio Preto.

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