19 de dezembro | 2011
Olímpia é a 7ª entre as de maior número de miseráveis na região
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O retrato da miséria esboçado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2010, mostra que em Olímpia há 799 famílias sobrevivendo em completo estado de miserabilidade, ou seja, sem qualquer rendimento ou com uma renda de até R$ 70 por pessoa. Essa informação coloca o município na 7.ª colocação do ranking das cidades com maior número de miseráveis.
Segundo o instituto, a cidade teria algo em torno de 2,4 mil pessoas (segundo a média de três moradores por domicílio apurada no último censo) sobrevivendo nessas condições, um total que representaria, por exemplo, toda a população do município de Embaúba.
Entretanto, esse número de habitantes pode ainda ser maior se considerarmos a realidade que se vê no dia a dia da cidade, uma vez que, geralmente no caso dessas famílias elas são compostas por cinco ou até mais pessoas. Por isso, o total de miseráveis pode chegar ou até ultrapassar 4 mil habitantes.
No entanto, esses valores, mesmo o mais alto que se poderia apurar através dos dados divulgados pelo IBGE, contrasta com a informação divulgada no mês de agosto deste ano, durante entrevista que concedeu a uma emissora de rádio, pelo secretário municipal de Desenvolvimento e Assistência Social, o vice-prefeito Luiz Gustavo Pimenta.
Na ocasião, estranhamente, Pimenta anunciava um número ainda maior. Ele informava que havia 3004 famílias, ou seja, que seriam 9.740 pessoas já incluídas no Cadastro Único (CadUnico), que sobreviviam com renda de até R$ 70.
Mas ele informava também que outras 658 famílias ainda não estariam incluídas no cadastro, mas estariam sobrevivendo com a mesma renda (de R$ 70) por pessoa e que necessitariam ser encontradas pela secretaria.
PARA IBGE NÚMEROS NÃO SÃO DEFINITIVOS
Por outro lado, o próprio IBGE ressalva que a data de referência da pesquisa é julho de 2010. Isso indica que, naquela ocasião, a família não tinha renda própria, mas que se trata de uma situação que pode ter sido modificada posteriormente.
Além disso, o dado agrega domicílios com rendimento em espécie, seja através do trabalho em troca de moradia ou mesmo de alimentação, e, além disso, é autodeclaratório, o que permite omissão da renda pelo entrevistado.
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