06 de outubro | 2019

Obra da creche do J. Maranata está parada e local abandonado de novo

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Após vários meses de abandono em que populares denunciaram que materiais estariam sendo levados por falta de quem vigiasse a obra e mesmo sem explicar como ficou resolvido o impasse com o governo federal, que originou a paralisação da obra, a assessoria de imprensa da prefeitura confirmou no início de agosto que seriam retomados os trabalhos de construção da creche do Maranata.

Acontece que aproximadamente dois meses depois a obra voltou a ser paralisada e pelo estado do local, também voltou a ficar abandonada. O repórter desta Folha esteve no local na sexta-feira, 04, e verificou que existem sinais de que o trabalho de hidráulica teria sido começado e que a várias paredes estariam “chapisca­das” e algumas já teriam recebido o reboco.

Em toda a extensão da obra, na sexta-feira, era possível notar que o chão de terra estava marcado por pingos de chuva que caíram semanas atrás e não se notava sinais aparentes de marcas de solas de calçados no local, podendo significar que além das obras terem sido paralisadas há algumas semanas, neste período o local pode ter ficado abandonado.

No começo de agosto, quando as obras foram reiniciadas após logo período de paralisação, a prefeitura apenas informou que as obras haviam sido retomadas após passar por um impasse burocrático quanto à liberação de recursos do Governo Federal. No entanto, não explicou o que teria sido feito para sanar tal impasse e nem o que o ocasionou.

Também explicou que a construção da escola foi viabilizada por meio de um convênio da Prefeitura com o Ministério da Educação, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). “O valor total do investimento é de mais de R$ 2 milhões, entre repasse federal e recursos do município”, dizia a nota.

A assessoria informou ainda que as obras tinham sido iniciadas com a aplicação da parte do município no convênio, ou seja, sem ainda ter recebido ou efetivado a parte do governo federal.

À época a assessoria tergiversou e não deixou claro se o governo federal teria efetivado a sua parte no convênio para que as obras fossem reiniciadas. O que leva a crer, agora, que o fato deve ter ocorrido, obrigando a empresa NPM Comércio de Materiais de Construção Ltda-EPP, vencedora do processo licitatório a paralisar mais uma vez os seus trabalhos.

O projeto da creche que já tem até nome (EMEB Monteiro Lobato), segundo informou a prefeitura em agosto, depois de pron­­ta, prevê o atendimento de até 376 crianças (de 0 a 6 anos incompletos), em dois turnos (matutino e vespertino), ou 188 crianças em período integral, beneficiando os moradores da região dos bairros Jardim Maranata, Hélio Cazarini (Cohab III) e São José.

No local, ainda de acordo com o que a assessoria divulgou no início de agosto, já foram feitas a terrapla­nagem, alvenaria e levantamento de paredes com 20% dos serviços executados.

 

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