19 de janeiro | 2014

Novos motoristas deverão pagar até 25% mais para tirar a CNH

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Com a nova determinação do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que criou a obrigatorie­dade do curso de simulação de direção, um candidato a motorista deverá pagar até 25% mais para obter uma CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Segundo os valores apurados, o preço final da habilitação poderá chegar a R$ 1,6 mil.

Os valores do curso variam dependendo da autoescola ou do Curso de Formação de Condutores (CFC). Embora apenas um deles tenha adquirido o equipamento, a expectativa inicial é de que as cinco aulas obrigatórias custem entre R$ 200 a R$ 300.
 

Com a obriga­torie­dade e os preços que serão cobrados, a partir de agora, uma CNH que custava aproximadamente R$ 1.3 mil poderá chegar a R$ 1,6 mil, eventualmente.

De acordo com Glelcias Ribeiro Righetti (foto à esquerda), a obrigatoriedade vale para habilitações classe B (direção de automóveis). “A partir do dia 1.º de janeiro todos os alunos matriculados tem que fazer as cinco aulas obrigatórias no simulador de direção. O que nós não temos ainda é a especificação da lei, os detalhes de como vai exatamente funcionar. Temos só a informação de que vai haver um treinamento em São Paulo. A partir daí vamos ter mais informações”.

A lei exige o total de cinco aulas obrigatórias de meia hora cada uma. Porém, o aluno que preferir uma quantidade maior de aulas poderá contratar com o CFC: “Nenhum aluno matriculado depois do dia 1.º dará continuidade ao processo sem antes passar pelas aulas do simulador”.

O aparelho simula situações de chuva, neblina, estacionamento e de riscos, como por exemplo, a travessia de um pedestre à frente do veículo: “O aluno dirige com a mesma sensação virtual de um carro real. Ele simula a realidade”.

Mas o novo curso tem um custo que será assumido pelos alunos. Embora ainda não definido exatamente, ela informou que será um valor entre R$ 250 a R$ 300 a mais para ser habilitar. “Ele não faz o prático sem antes passar pelo simulador”, reforça Glelcias Ribeiro Righetti.

MAIS PREÇO E MAIS PRAZO

O processo de habilitação, que começava com as aulas teóricas escritas e prosseguia com o contato com um carro real, as chamadas aulas práticas, agora terá um novo formato. Quer dizer, antes de ir para as aulas práticas com o carro verdadeiro, o aluno deverá passar pelas cinco aulas do simulador de direção.

De acordo com ela, as aulas no simulador serão acompanhadas em tempo real pelo Detran, em São Paulo. No entanto, no caso de habilitação para conduzir apenas motocicletas (categoria A) o aluno ainda não será obrigado a fazer o curso do simulador.

Os diretores de ensino e instrutores dos CFC terão que passar por um treinamento na empresa que forneceu o equipamento para poderem trabalhar diretamente com o aparelho. “Sem o treinamento ele não será credenciado a trabalhar com o aparelho”.

Por outro lado, ainda continua o prazo de um ano para concluir o processo de habilitação. Se estourar o prazo o aluno tem de começar tudo de novo.

PRORROGAÇÃO DO PRAZO

O auxiliar de recepção Adriano Lúcio do Nascimento, da Auto Escola Universal, informou que estão aguardando para saber se a obrigatoriedade do aparelho continua da forma como está atualmente.

“Estamos aguardando para ver ser vai ser prorrogado porque é um equipamento muito caro”. Mesmo assim afirma que a possiblidade de aquisição já está sendo analisada: “Estamos vendo de comprar o aparelho”, observou.

Já o gerente da Auto Escola Vergamini, Adriano Lúcio Cestaro de Andrade, espera que a partir de março possa oferecer o curso de simulação de direção. “Preferimos adquirir e já estamos verificando com uma empresa”.

A reportagem entrou em contato também com a Auto Escola Elmo, mas a pessoa que atendeu preferiu não gravar entrevista alegando que ainda não tinha conhecimento detalhado da lei.

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