26 de março | 2017
Montini denunciou abandono total da Beneficência por Geninho
O presidente da Sociedade Beneficência Portuguesa de Olímpia, advogado Mário Francisco Montini, entrou com ação na 1ª Vara Cível da Comarca de Olímpia, denunciando o estado de abandono em que o ex-prefeito Eugênio José Zuliani deixou o prédio da instituição no final de dezembro de 2016.
Por outro lado, a juíza de direito Marina de Almeida Gama Matioli deferiu pedido de liminar determinado à Prefeitura Municipal proceda a limpeza e retirada inclusive de produtos de extrema contaminação.
Citando que a associação é a legitima proprietária do imóvel que foi cedido à Prefeitura Municipal por decisão de assembleia datada em 30 de outubro de 1991 pelo período de 20 anos, com parâmetros que deveriam ser seguidos e que foram ignorados pelo Município.
As condições seriam o uso das dependências para fins médico-hospitalares, a responsabilização por todas as dividas pertencentes e pendentes em nome da sociedade nos âmbitos, cíveis, sociais, trabalhistas e encargos. A isenção de impostos sobre os bens cedidos, bem como realizações de benfeitorias, reformas, melhoramentos necessários para o funcionamento do hospital, sendo que todas as benfeitorias seriam incorporadas ao patrimônio da sociedade.
Cita a inicial da ação que “essa demanda, só faz necessária na forma protocolada mediante a necessidade urgente do prédio ser limpo e dedetizado por uma empresa especializada no recolhimento dos detritos hospitalares, materiais radioativos e documentos de guarda obrigatória”.
Através de dezenas de fotos anexadas à inicial da ação, pode se verificar que o esgoto cai direto no chão, local deve ser dedetizado, “pois está lotado de baratas, escorpiões, ratos e outros bichos peçonhentos.
Há também no local várias garrafas de iodo e éter que são altamente inflamáveis e podem gerar um incêndio a qualquer momento, pois estão jogados aos meios de papéis, várias caixas com medicamentos vencidos, com descarte irregular, que contraria diversas normas sanitárias e não podem ser descartadas em lixo comum.
Existem diversas caixas com papéis, tais como notas fiscais, prontuários médicos, relatórios que deveriam estar arquivados de forma correta e não jogados e abandonados no local e ainda várias caixas com moldes de dentaduras com a identificação e foto do paciente, que deveriam ser devolvidas ao mesmo ou estarem arquivadas “para resguarda da integridade moral dos mesmos, visto que existem fotos em todos as caixas.
Além disso, há pneus jogados que além de lixo, são possíveis depósitos e criadores de dengue. Há uma parte de equipamento de RAIO X, que está cheia de líquido altamente infectante e radioativo.
“Tal caixa é blindada por conter óleo radiativo e a mesma só pode ser esvaziada e removida por empresa especializada neste serviço”, cita trecho da inicial.
Também estão abandonados equipamentos úteis com etiquetas de patrimônio, “em clara ofensa a legislação vigente, tais como impressoras, madeiras, luzes, material de escritório, etc”.
“Deste modo, requer seja reservado da necessidade de limpeza e desocupação das repatriações, uma mesa com nove cadeiras em madeira trabalhadas com o símbolo da Beneficência Portuguesa em coro de alto relevo e uma parte do foco cirúrgico, “cujo o mesmo servira como provas da existência de um centro cirúrgico e do seu desmonte ilegal, com fins de reparação em medida judicial especifica e separada”.
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