Depois de procurar bastante, encontrou o carro, quando, segundo ele, viu o mecânico Eduardo segurando o braço de sua irmã. Afirma que pediu para ela voltar de moto, mas Eduardo não queria deixar. Em seguida, ela se soltou de Eduardo, que ficou com o celular dela. Conta “Marquinhos” que quando tentava pegar o celular da irmã, Eduardo tentou lhe atingir com um soco. Foi quando sacou da faca e desferiu o golpe (disse que não sabe quantos).

Com Eduardo caído, sua irmã pegou o carro dele, um Palio, e foi embora. Com isso, ele fugiu tendo ficado escondido em um sitio de um tio até resolver se entregar na tarde de ontem.

Por sua vez, a pivô do crime, Maíra Ferreira, declarou na polícia que tinha um relacionamento amoroso com Eduardo há seis meses. Na terça-feira de carnaval eles estavam brigados, mas Eduardo queria conversar. Afirma que contra sua vontade entrou no carro dele e foram à estrada conhecida por “Picadão”, no prolongamento da rua Alberto Oberg, na vila Cisoto, e pararam próximo de um ferro velho.

Contou que depois de discutirem queria ir embora, mas Eduardo não. Foi quando passou uma conhecida de nome Pureza, para quem pediu um celular emprestado, pois o seu estava sem “carga”. Ligou para sua casa. Mas quem atendeu foi seu filho de três anos. Desligou quando Eduardo disse que a iria levar embora.

Mais tarde, chegou seu irmão na garupa de uma moto, foi em direção e desferiu golpes de faca nas costas do namorado. Conta que, com medo do próprio irmão, pegou o carro foi até um orelhão quando chamou o resgate. O mecânico Eduardo morreu ao dar entrada na Santa casa de Misericórdia de Olímpia.

PUREZA VIU O CASAL DISCUTINDO

Também foi ouvida na tarde de ontem, dia 19, no 1º Distrito Policial de Olímpia, Pureza de Brito, que confirmou que momentos antes do crime passou pelo “Picadão”, acompanhada de sua família, de carro, para quem Maíra pediu carona. Alegou que não deu, pois estava indo para um sítio e ficou com medo, pois Eduardo parecia estar muito nervoso e não queria que ela (Maíra) fosse embora.

Pureza contou que emprestou o celular para ela ligar. Como ela não havia conseguido falar com sua mãe, como pretendia, mais tarde, aproveitando que o número da ligação de Maíra estava na bina do celular, resolveu ligar e contar para a mãe de Maíra, o que havia visto. Finaliza dizendo que somente ficou sabendo do homicídio na manhã de quarta-feira.