09 de novembro | 2009

Loteamento clandestino está na justiça desde 2000

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O caso do loteamento clandestino incrustado ao lado do jardim Alvorada, zona leste de Olímpia, está na justiça desde o ano de 2000. A informação foi confirmada no final da tarde da sexta-feira, dia 6, no site do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Porém, na ação de notificação, protesto e interpelação, distribuída pa­ra a 2.ª vara, no dia nove de fevereiro de 2000, não consta qualquer andamento do processo.

A ação tem como requerentes Doroti Loeschi Eugênio e Paulino Eugênio Filho e como requeridos Antenor Minari e Thereza Maria Minari. O registro encontrado, con­firma, em parte, a informação passada pelo agrônomo Paulo Henrique Minari, filho de Antenor, no final da manhã da sexta-feira, dia 6.

“Isso daí, inclusive, tem uma ação preparatória no fórum. Nós estamos tentando resolver a situação, mas não posso te falar como está porque está na mão do promotor e tem um monte de coisa que está sendo feito”, declarou o agrônomo. Porém, ele não soube explicar há quanto tempo o caso está na justiça.

“Eu não sei exatamente porque a gente fica correndo para lá e para cá e depois só vai ver quando ele (promotor) chama. A gente vai lá e faz alguma coisa, ele pede algum negócio aí. Nós estamos conversando, mas não sei em que situação está. Você procura lá e vê se acha”, afirmou à reportagem.

Paulo Minari relatou que a questão começou na década de 90, quando, segundo ele, “era permitido você ter parte de chácaras de 5 mil metros quadrados e a cada quatro pessoas transferia u­ma, depois houve um entendimento do cartório que não poderia mais ser feito, por isso que não foi registrado”.

“Aquilo lá – contou o agrônomo – não seria um loteamento pa­ra zona urbana, seria um lo­tea­mento de zona rural. Depois houve um entendimento de que não poderia mais ser feito daquela maneira por se tratar de uma área pró­xima de uma zona urbana e algumas outras situações”.

De acordo com ele, o lote­a­men­­to foi feito numa época que foram vendidas chácaras de 5 mil metros e “já estava acertado que a cada quatro pessoas seria feito, porque o módulo rural é 20 mil metros quadrados. Hoje não é mais considerado nem como zona urbana e nem como zona rural”.

Fora de controle

Paulo Minari explica que a CPFL fala que está impossibilitada de se fazer alguma coisa no local, ou seja, não pode colocar nem energia rural e nem energia urbana porque não tem mais característica nem de uma coisa e nem de outra.

Paralelo a isso, segundo ele, algumas pessoas que adquiriram terrenos de 5 mil metros, venderam de forma fracionária em cinco ou seis pedaços. “A princípio ficou isso e depois desvirtuou tudo e a gente fica numa situação que nós não sabemos de como se vai resolver”, lamenta.

Ele conta que o promotor pediu para fazer um projeto para poder ligar a energia elétrica e ele contratou uma empresa de São José do Rio Preto. Mas quando o projetista chegava a situação já não era a mesma que na visita anterior.

“Um dia chegou o eletricista que nós contratamos e eles (moradores) estavam trocando o poste; no outro dia tinha mais uma casa; no outro dia tinha outras condições. Aí ele chegou em mim e disse que não tem condições de fazer isso daí, contou.

Mesmo assim o projeto chegou a ser enviado à CPFL. Porém, quando a própria CPFL foi fazer a vistoria o projeto que tinha sido feito estava totalmente diferente do que realmente existia no local: “então, está em constante evolução e crescimento”.

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