09 de abril | 2017

Limpeza da Beneficência deve ser concluída esta semana

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Prefeitura Municipal de Olímpia deverá concluir a limpeza do prédio da Associação Beneficência Portuguesa até o final desta semana. A última fase será a retirada dos materiais radioativos que se encontram no local. Os trabalhos começaram na segunda-feira desta semana, dia 3, numa ação que envolve as secretarias de Saúde e de Obras, Engenharia e Infraestrutura, além da empresa Prodem – Progresso e Desenvolvimento Municipal, com o acompanhamento de membros da diretoria da entidade.

Já foram retirados documentos como prontuários, notas, ofícios, entre outros, e feita uma triagem, separando por departamentos e setores para onde serão levados.

Além disso, foram retirados do porão, no subsolo do prédio, diversos vidros de éter, produto altamente inflamável e que estavam vencidos desde 1999.

Também já foi feita a roçada da grama em volta de todo o prédio. As árvores na área interna do espaço foram extraídas, a pedido da diretoria e, posteriormente, serão plantadas as espécies corretas para o local.

De acordo com a informação divulgada para a reportagem desta Folha na tarde de sexta-feira, dia 7, a retirada dos materiais radioativos será feita na próxima semana após a dede­ti­zação do local, por uma empresa especializada cu­jo nome já está definido, mas que ainda não está sendo divulgado.

Outra informação é que tudo está sendo catalogado para que depois de concluída a sindicância, seja encaminhado ao Ministério Público de Olímpia pa­ra as devidas providências.

Como se sabe, a Prefeitura foi notificada pela justiça na última semana, para limpar o espaço em um prazo de 30 dias. Segundo a liminar, o prédio precisa ser limpo e dede­tizado com urgência por uma empresa especializada devido à existência de detritos hospitalares, materiais radioativos e documentos de guarda obrigatória.

A denúncia foi realizada pela antiga Presidência da Sociedade Beneficência Portuguesa que cedeu o prédio à Prefeitura há mais de 20 anos, para fins médico-hospitalares com encargo total ao Executivo. O local estava sob a responsabilidade da secretaria de Saúde da antiga gestão, que o desocupou em 16 de dezembro de 2016.

REMÉDIOS

Na sexta-feira, dia 31 de março, a Secretaria Municipal de Saúde retirou todos os medicamentos que foram encontrados no prédio. São remédios vencidos ou que ainda irão vencer, porém todos serão des­cartados devido à forma como foram armazenados.

Os medicamentos são: antidepressivo, anticon­vulsivo, pomadas antial­érgicas e dermatológicas, antibióticos, anti-inflamatórios, tiras de medição de diabetes, analgésicos, suplementos, medicamentos usados na Unidade de Pronto Atendimento – UPA, entre outros. Os remédios foram levados para a sede da secretaria de Saúde e serão catalogados. Em seguida, será feito o descarte correto.

INVESTIGAÇÕES

Por outro lado, o prefeito Fernando Augusto Cunha já determinou a abertura de uma sindicância. O pedido foi encaminhado ao setor responsável para providências necessárias.

O Ministério Público também foi acionado na tarde de do dia 3 de abril, para conhecimento e possível investigação. “Vamos fazer uma sindicância e encaminhar todas as informações para o Ministério Público para que sejam apuradas judicialmente as responsabilidades. Estamos fazendo a limpeza e, posteriormente, vamos tratar com a diretoria da recuperação do estrago que fizeram no prédio”, disse o prefeito.

Situação que Geninho deixou Beneficência Portuguesa local teve repercussão regional

A situação de descaso e abandono que o ex-prefeito Eugênio José Zuliani entregou o prédio da Associação Beneficência Portuguesa de Olímpia, teve repercussão na imprensa regional, a partir das emissoras de televisão sedi­adas em São José do Rio Preto, principalmente. Todas elas enfatizando a informação que foi divul­gada por esta Folha em primeira mão, a partir de uma ação judicial que a diretoria da instituição entrou contra a Prefeitura Municipal objetivando a limpeza e recuperação do local.

No caso da Rede Record, por exemplo, foi destacado que houve o descarte irregular de medicamentos e também o abandono do prédio “tombado” pelo patrimônio histórico do município.

Além disso, a emissora informou também que outras duas ações judiciais cobram os valores de mais de R$ 270 mil relativos a aluguéis atrasados e ainda a importância de aproximadamente R$ 8 milhões que a diretoria da instituição prevê sejam gastos na recuperação da edificação.

O Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) deu co­notação ao fato de medicamentos que estraram em “prédio público” que estava abandonado. Segundo a emissora, houve abandono e descaso com o prédio onde funcionou a Secretaria Municipal de Saúde até o dia 16 de dezembro de 2016, quando o mesmo foi entregue pelo ex-prefeito aos verdadeiros donos e que está fechado há mais de três meses.

Na TV TEM, afiliada da Rede Globo de Televisão, de Rio Preto, a manchete foi a seguinte: “Prédio onde funcionava Secretaria de Saúde de Olímpia está abandonado e depredado. Ainda em segundo plano, a matéria indicava: “Antigo dono, que cedeu o local para o município há 24 anos, entrou na Justiça para manutenção do prédio. Ex-secretário espera que sin­dicância indique responsáveis”.

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