08 de agosto | 2011

Lavrador se apresenta e diz que não está arrependido de matar madeireiro em Cajobi

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Em depoimento prestado na tarde de ontem na delegacia de polícia de Cajobi, o lavrador José de Assis Batista, de 50 anos, acusado de ter assassinado o madeireiro Solimar Antônio Paiola, de 52, com um tiro de espingarda calibre 12 na boca, declarou que não está arrependido de ter praticado o crime. As declarações foram prestadas ao delegado Júlio Cezar Cardoso, titular da DIG-Delegacia de

Investigações Gerais de Barretos, que está respondendo por Cajobi.

Segundo o delegado, o acusado se apresentou espontaneamente, como havia sido combinado, acompanhado de seu advogado e como já não estava em estado de flagrância, depois do depoimento foi liberado. “Mas não está descartada a decretação de sua prisão preventiva”, disse o delegado. O inquérito concluído, agora, vai ser enviado ao Ministério Público de Olímpia, que oferecerá denúncia ou não.


Contou o delegado Cardoso, que no depoimento o lavrador José Batista alegou que há cerca de 15 dias antes do crime foi agredido por Solimar, tendo tido seu rosto esfregado no asfalto, quando se sentiu muito humilhado. Contou, também, que neste período foi sempre seguido por Solimar, que ameaçava agredi-lo novamente. Afirma o acusado que no dia do crime encontrou com Solimar, por acaso, no bar e achou que fosse ser agredido novamente.


Com isso, segundo o depoimento, Batista disse que pegou a arma que estava em seu carro e desferiu um único tiro e depois fugiu. Indagado pelo delegado sobre a arma, uma espingarda calibre 12, José Batista declarou que estava carregando, pois tinha medo de ser agredido e humilhado novamente. Conforme relatou o delegado, Solimar é bem mais forte do que Batista.


Ainda de acordo com informações do delegado Júlio Cardoso, o acusado afirmou no depoimento que não está arrependido de ter praticado o crime, pois, segundo ele, continuaria a ser perseguido e humilhado por Solimar. Quanto ao motivo do crime, confirmou José Batista, que a desavença entre eles foi motivada pelo fato de Solimar estar morando ultimamente, com sua ex-mulher Maria de Fátima.


TESTEMUNHAS
CONTRADIZEM

O delegado Cardoso declarou que os depoimentos prestados pelas testemunhas ouvidas e que presenciaram o crime, não batem com as alegações do acusado. As testemunhas presencias, afirmam que José Batita chegou no bar do Breu premeditado a cometer o crime, ou seja, desceu do carro e foi direto onde Solimar estava e atirou, fugindo em seguida.


O crime foi praticado por volta das 18h30 do último domingo (dia 31), no interior do Bar do Breu, na rua Luiz Gonzaga da Costa, no CDHU, em Cajobi. Segundo apurado, José Batista chegou em seu carro Fiat Uno e efetuou o disparo de espingarda, calibre 12, que atingiu a altura da boca do madeireiro, que morreu no local. Mesmo assim, ele foi levado para a Santa Casa de Cajobi, onde uma enfermeira encontrou no bolso de sua calça cartuchos calibre 12, também. Já o lavrador José Batista fugiu.


A agressão sofrida por Batista, cerca de 15 dias antes do crime foi registrada em boletim de ocorrência na delegacia de polícia de Cajobi. Segundo o escrivão João Carlos, o caso aconteceu defronte ao bar do Japão, na saída para o bairro Galiléia. Por sua vez, a ex-mulher de José Batista, Maria de Fátima, em depoimento na delegacia de Cajobi, confirmou que depois da separação estava tendo um relacionamento com Solimar.


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