15 de dezembro | 2011

Justiça concede liberdade a advogado acusado de associação ao tráfico de drogas

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A justiça revogou o decreto de prisão preventiva e concedeu liberdade ao advogado Laerte José Moreira de Oliveira, vulgo Casquinha, que estava preso preventivamente há nove meses. Ele é acusado de crime de associação ao tráfico de entorpecentes e que teria ligação com a quadrilha chefiada pelo traficante Luiz Antônio Pereira, vulgo Washington Peão.

Segundo o advogado Carlos Alberto Zanirato, o juiz substituto Lucas Figueiredo Alves da Silva, após as oitivas das testemunhas tanto de acusação quando de defesa, entendeu inclusive, que uma possível pena contra ele já teria sido cumprida.

“As próprias circunstâncias do processo não previam mais motivos para ensejar a prisão dele. Ele já estava preso”, explicou o advogado em entrevista que concedeu no final da manhã da quinta-feira desta semana, dia 15.

“Havia sido decretada a prisão preventiva dele desde março e estamos em dezembro; levando-se em conta que a associação ao tráfico de drogas não é um crime hediondo, a progressão de pena dele se dá por um sexto e por mais que fizesse uma avaliação da circunstância do processo, mesmo que houvesse uma possível condenação, esta condenação já teria sido cumprida”, acrescentou.

Segundo ainda o advogado, na escuta telefônica que fizeram para prender Casquinha, que considera ter sido ilegal por causa da quebra do sigilo telefônico, ficou claro que ele deu instruções ao cliente como qualquer outro advogado faz normalmente.

“Só que foi interpretado de forma errônea. Dentro dessa interpretação errônea foi pedida a preventiva dele e decretada pela juíza Andrea Galhardo Palma, que era a juíza anterior no caso”, esclareceu Zanirato.

De acordo com as informações, 29 réus acusados com envolvimento com o tráfico de drogas estavam intimados. Inicialmente estava marcada para o dia 11 de novembro, mas acabou sendo adiada para o dia 14 de dezembro porque alguns dos presos não foram trazidos para o fórum de Olímpia.

Porém, desta feita não vieram algumas das presas que, segundo consta, estariam em tratamento porque teriam contraído tuberculose quando estavam encarceradas no Presídio Feminino de Jaborandi.

Segundo informações extraoficiais – o processo corre em segredo de justiça, dificultando a obtenção de informações mais precisas – comparecerem 24 dos 29 réus intimados na audiência realizada nesta semana.

Ao final do dia, todos os acusados retornaram aos locais onde estão detidos. Agora os ausentes prestarão depoimentos através de cartas precatórias que serão enviadas à justiça das localidades onde estão detidos.

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