15 de setembro | 2019

Jornalista da Folha flagra mulher sangrando e convulsionando caída na calçada da UPA

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A jornalista da Folha e âncora do Cidade em Destaque, que vai ao ar, de segunda a sexta-feira, pelo Facebook, Youtube e pela Rádio Cidade, em 98,7 MHz, Bruna Silva Arantes Savegnago (foto à esquerda), contou, ao vivo, no programa da segunda-feira, 09, que no sábado, por volta de 20 horas ficou indignada com a situação que verificou na calçada que fica na entrada da UPA, na Avenida Waldemar Lopes Ferraz.

Ela estava passando em frente ao local quando viu uma mulher caída ao chão convulsionando e sem atendimento (foto à direita). Ela, que estava com o marido, ainda deu duas voltas no quarteirão e como a situação continuava a mesma, fez um pequeno vídeo e desceu do carro para ver o que estava acontecendo.

Encontrou uma mulher caída ao chão, sangrando por um corte na cabeça e convulsionando, sem que ninguém fizesse nada a respeito. “Eu vi pessoas em volta dela pedindo socorro. Fiquei inconformada, pois a sensação era a de que a mulher estava morrendo e ninguém estava fazendo nada. Eu perguntei para uma moça de rosa que estava ao lado se alguém já tinha vindo atendê-la, prestar socorro e ela simplesmente olhou para minha cara e falou: “não, ninguém veio e ela vai morrer aqui na frente”.

Bruna continuou: “Eu pensei comigo: “não pode ser verdade isso!” e eu só escutava a moça de rosa, gritar: “pelo amor de Deus, fica com a gente, fica com a gente”, pra a que estava sangrando e convulsionando. Aquilo foi me dando uma coisa ruim que achei que fosse cair no chão. Então eu entrei na UPA e não tinha uma viva alma lá dentro para ser atendida que eles pudessem justificar o porquê não estavam atendendo.”

“Lá estava somente uma secretária, recepcionista, sei lá o que ela é atrás do vidro – complementou – porque agora colocaram vidro do chão até em cima. Eu perguntei para ela: “vocês não vão atender a moça lá na frente? Você sabe que tem uma moça caída que tá morrendo lá na frente?”. Ela simplesmente disse: “tem que esperar o SAMU”. E eu perguntei: já foi chamado o SAMU?”. E reafirmei: “como assim, gente, já foi chamado o SAMU, o SAMU é aqui do lado. Vocês precisam prestar socorro, a mulher vai morrer. Vocês querem pegar alguém aí de dentro e vir aqui ajudar ou me dar uma cadeira de roda?”. A moça simplesmente falou assim “não tenho o que fazer. Paciência, tem que esperar”. De maneira grossa, linda, bela e grossa”.

Bruna Arantes continuando sua narrativa no programa “Cidade em Destaque” afirmou: “Eu respondi então: ‘ótimo, se acontecer alguma coisa com essa mulher, você tá ferrada, para não falar outra coisa’. Virei as costas e me dirigi  para a porta da UPA e lá tinha uma família, que aparece no vídeo e eles estava perguntando uns para os outros se já tinham chamado a polícia também por causa deles. Não deu nem para parar para perguntar qual era o caso deles, mas eles estavam subindo pelas paredes também. Voltei para menina convulsionando e aí vi que era uma conhecida minha”.

A jornalista continuou seu relato: “Passado uns 10, 15 minutos o SAMU chega, por coincidência, não veio de resgate, vieram a pé do fundo da UPA,  na maior tranquilidade e nem desceram, ficaram ali na porta da UPA conversando. Eu falei: “não tô vendo isso, Jesus Cristo”. No que fui descendo a escada, apareceram mais dois homens que, ao que parece, não eram funcionários da UPA, mas que levaram ela para dentro da UPA. Os dois caras  com essa moça de rosa cataram a menina e levaram para dentro pendurada, um catando pela perna, outro pela outra perna e aí fui acompanhando. E pensei: só vou sair daqui na hora que eu ver que essa menina entrou para o corredor”.

Bruna explicou que no outro dia foi procurar saber o que tinha acontecido, se a menina tinha sido bem atendida e teve a confirmação que tinha sido bem atendida. Por sorte não tinha acontecido nada de grave. Ela levou uns pontos na cabeça e conseguiu se recuperar da convulsão”, concluiu.

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