30 de novembro | 2009

Irmãos são acusados de matarem almoxarife na Cohab II

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Duas testemunhas que prestaram depoimento ontem, 25, no 1º Distrito Policial de Olímpia, quando afirmaram que o mototaxista Alessandro Luís Souza Conceição, de 23 anos, vulgo “Nego”, teve a ajuda do seu irmão, o açougueiro Leandro Souza Conceição, de 26 anos, para assassinar o almoxarife João Carlos Fedato, de 52 anos, que residia no jardim Paulista.

O assassinato foi praticado no início da noite de terça-feira, 24, por volta das 18h30, na rua do Castanheiro, 306, na Cohab II.

De acordo com depoimento de uma testemunha ocular, Fedato chegou na casa, onde reside o açougueiro Leandro, conduzindo uma  bicicleta, perguntando por Alessandro, o “Nego”.

Segundo a testemunha, o próprio “Nego” atendeu e já na abertura do portão derrubou Fedato, com a bicicleta e passou a agredi-lo com chutes, tendo em seguida entrado na casa apanhado a faca e passou a desferir os golpes. Ainda de acordo com a testemunha, o irmão do açougueiro Leandro, prendeu a cabeça de Fedato entre suas pernas, sacou um revólver da cintura e disparou um tiro a queima-roupa, que atingiu a região do abdômen da vítima.

Em seguida, os irmãos fugiram no carro Voyage, ano 82, branco, dirigido pelo tio dos irmãos, o eletricista João Batista Alves de Souza, de 38 anos. Das duas testemunhas, que confirmam a participação de Leandro na execução do crime, uma delas afirma ter visto tudo desde o início. Já a outra testemunha, conta que viu a partir do momento em que o açougueiro sacou do revólver e disparou.

Fedato foi socorrido pelo resgate do Corpo de Bombeiros, mas já chegou sem vida na Santa Casa de Misericórdia de Olímpia. Segundo o médico legista, contou informalmente, aos policiais do 1º Distrito Policial de Olímpia, o almoxarife apresentava cerca de 23 perfurações de faca e uma de tiro.

FAZENDA GEMA

Ainda na noite do crime a Polícia Militar, recebeu uma denúncia anônima informou que os acusados do crime haviam fugido  pela estrada de terra que liga Olímpia a Severínia. Com isso, os policiais conseguiram localizar o Voyage e seu condutor João Batista, no interior de um canavial na fazenda Gema. O interior do carro estava sujo de sangue. No entanto, os irmãos não foram encontrados.

Por sua vez, o eletricista João Batista, declarou na delegacia de polícia de Olímpia, que levou apenas Alessandro, o “Nego”, até o canavial. Ele será indiciado pela prática do crime de Favorecimento Pessoal. Embora, não se confirme oficialmente, existem comentários que o açougueiro teria fugido com um carro Santana. Os dois irmãos até a tarde de ontem ainda estavam foragidos.

Advogado diz que irmãos se apresentam segunda

De acordo com o advogado Antônio Martins Correia, ele pretende apresentar os irmãos, o motota­xista Alessandro Luiz Souza Conceição, o “Nego”, e o açougueiro Laendro Souza Conceição, de 26 anos, acusado de assassinarem o almoxarife João Carlos Fedato, de 52 anos, na tarde da próxima segunda-feira, dia 30, no 1º Distrito Policial de Olímpia, onde foi instaurado inquérito policial pelo delegado Eduardo José Vendramel.

Segundo o advogado Martins Correia, o crime somente foi praticado por “Nego”. Ele afirma que teve informações dos familiares de que Leandro somente tentou separar a briga e acabou se sujando muito de sangue. Com isso, segundo o advogado, alguém pode achar que ele também tenha participado do crime, sendo assim, com medo, ele também acabou fugindo.

Também o advogado Correia fez questão de enfatizar que o tio João Batista também não teve nenhuma participação na execução do crime. Ele apenas deu fuga ao “Nego”, seu sobrinho, retirando ele do local “até mesmo para evitar um mal maior. Lembrou o advogado, ontem, que nenhum dos dois acusados está mais em estado de flagrância.

O MOTIVO DO CRIME

Na tarde de terça-feira, por volta das 14 horas, “Nego”, acompanhado de sua mãe, compareceu no 1º Distrito Policial de Olímpia, onde registrou um boletim de ocorrência de ameaça contra João Carlos Fedato. Ele contou que na noite anterior, quando estava nas proximidades do Bar do Jura, na vila Cizoto, Fedato o teria jurado de morte, acaso ele não assumisse a paternidade da criança que a filha dele, de 17 anos, está esperando.

De acordo com o relatado no B.O., Fedato estaria armado e passado o revólver no seu rosto, como também, estabelecido até as 18 horas, de terça-feira, para o mototaxista assumir a sua filha e a criança. “Nego” teria proposto aguardar o nascimento da criança e fazer o teste de DNA e caso fosse comprovado que ele era o pai, assumiria a criança. No entanto, Fedato não concordou.

Sobre esta ameaça de morte, uma  testemunha que estava no bar confirmou, mas disse que não viu nenhuma arma. Já, por sua vez, o mototaxista, no dia do crime, segundo sua mãe, por medo, não quis ficar na sua casa na rua do Castanheiro, 40 e foi para a casa do irmão Leandro, no número 306, da mesma rua, local onde foi procurado por Fedato e aconteceu o crime.

Já a filha de Fedato, atualmente com 17 anos, segundo lembrou o seu tio, o segurança Mauro Fedato Sobrinho, a cinco anos atrás ela foi tema de uma reportagem do jornal Folha da Região, por ter sido mãe com apenas 12 anos de idade. Ela chegou a conviver com o pai do primeiro filho. No entanto, agora, já separada, afirma estar grávida de seis meses e que o pai da criança é o mototaxista.

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