O interventor da Santa Casa e vice-prefeito de Olímpia, Luiz Gustavo Pimenta, declarou nesta quarta-feira, dia 17, que não vai ratificar o acordo firmado entre os médicos e representantes do hospital, na manhã do dia 4 de março, mesmo dia em que assumiu o comando da instituição. Sem explicar quais seriam os problemas técnicos, ele justifica que é impossível manter os valores acordados, que diz ultrapassar a quantia dos R$ 50 mil por mês.

"Quando assumimos a Santa Casa tinha um acordo judicial que foi protocolado na parte da manhã e que haviam parado as paralisações médicas. Nós não vamos homologar aquele acordo feito e vamos buscar uma nova negociação. Estamos aguardando", justificou.

Segundo o interventor, já estaria sendo encaminhada uma nova proposta, inclusive, que disse ser no valor de R$ 50 mil, o mesmo valor informado anteriormente e que teria sido o responsável pelo fechamento do acordo.

"Não, dá mais, foi feito um levantamento pelo administrador e dá mais", afirmou Pimenta, ao ser questionado se o valor não seria o mesmo do acordo. "Não, o que o advogado diz é uma coisa, mas no papel é outra", justifica.

Segundo a explicação de Pimenta, no papel consta o valor de R$ 56 mil e mais o que deverá ser pago para o plantão de chamadas de radiologistas. "Onera. Segundo o cálculo do administrador (Mário Flores) é R$ 78 mil por mês e a Santa Casa não tem condições de pagar", afirmou.

Ainda de acordo com Pimenta, juridicamente é impossível "de se cumprir aquele acordo, uma vez que nele existe falhas de procedimento processual e de fato, porque não foi combinado aquilo lá. Então, já foi passado para eles que não vai ser cumprido aquele acordo. Não é que não vai ser cumprido, ele não vai ser homologado, enquanto não há homologação não há obrigação de se cumprir".