15 de fevereiro | 2012
Integrantes do MST fazem manifestação na praça de Guaraci

A manifestação foi na tentativa de reverter decisão da Justiça, que foi favorável à Prefeitura, que concedeu o pedido de reintegração de posse do terreno ocupado pelo grupo há cerca de quatro meses.
O grupo de manifestantes era composto por 60 integrantes, segundo o jornal Diário da Região, e 120, segundo a TVTEM, emissora de televisão vinculado à Rede Globo, órgãos de imprensa estabelecidos em São José do Rio Preto.
Os manifestantes chegaram na praça central na parte da manhã e retornaram para o acampamento por volta das 15h30. Entre eles estavam crianças, mulheres e idosos. A manifestação foi pacífica. A área invadida, que está ocupada por 70 famílias, faz divisa com uma fazenda que é objeto de reforma agrária, cujo processo corre na Justiça.
O prefeito da cidade, Renato Azeda, que participou de uma reunião com cinco acampados, dois representantes da sociedade e uma diretora do MST regional, afirmou que não vai reconsiderar a decisão judicial. Ele explica que a medida foi tomada baseada na segurança das pessoas que estão morando naquelas terras e das pessoas que transitam pela vicinal.
Azeda se reunirá com representantes do Incra e do MST, em São Paulo, para tentar solucionar o caso. Ele deu prazo até depois do Carnaval para que os sem-terra desocupem a área.
De acordo com informações da Polícia Militar, policiais da região foram acionados para garantir a ordem no local. A Força Tática de Barretos também acompanhou a manifestação, porém não houve ocorrências.
Segundo um funcionário do Incra e da Ouvidoria Agrária Regional de São Paulo, a prefeitura desmarcou uma reunião que tentaria resolver o problema. “Havia, em principio, uma decisão do juiz de Olímpia de suspender a reintegração de posse, motivado por uma determinação de Brasília, da Ouvidoria Agrária Nacional, para uma reunião de mediação. Eu vim para a cidade participar de uma reunião, que foi desmarcada pelo prefeito. Agora, estou aqui avaliando a situação e tentar cumprir uma solução pacífica”, explica.
A integrante da direção estadual do MST, Judite dos Santos, afirma que os manifestantes só deixaram o local após falar com o prefeito. “Nós viemos manifestar nosso repúdio. Estamos acampados desde outubro do ano passado e desde então, reivindicamos algumas condições básicas para as famílias acampadas no município e não tivemos resposta alguma. Nós estamos aqui hoje também para protestar e dialogar com o prefeito para tentar suspender a reintegração de posse que ele pediu”, disse.
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