15 de abril | 2007

Hilário Ruiz afirma ser vítima de perseguição política

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 Ao confirmar sua renúncia ao cargo que ocupava na diretoria da UEUO (União dos Estudantes Universitários de Olímpia) na tarde da sexta-feira (13), o universitário Hilário Juliano Ruiz (foto) afirmou a esta Folha que está sendo vítima de perseguição política promovida pelo prefeito Luiz Fernando Carneiro, que dissimuladamente vem alegando outros motivos para não liberar recursos para bancar viagens de estudantes que têm que sair da cidade para freqüentar faculdades na região.

Mesmo em entrevista que concedeu à imprensa na terça-feira (10), já apresentava o argumento, justiçando que tudo está se dando por causa da sua trajetória política como integrante da ala diretiva regional do Partido dos Trabalhadores (PT), que, inclusive, foi responsável direto pelo pedido de instalação de comissão processante para apurar a contratação e manutenção por 30 meses de um funcionário fantasma lotado no gabinete do prefeito Carneiro.

"Na realidade vejo isso como uma perseguição, acho que todo mundo tem o direito de votar e ser votado, de exercer o sufrágio, mas, infelizmente, esse tipo de conduta eu não vou compartilhar. Se um dia tiver a oportunidade de participar de qualquer governo, estarei recriminando esse tipo de coisa, porque isso não leva a nada e quem acaba perdendo com tudo isso é o cidadão", comentou bastante emocionado.

Hilário explicou ontem que a renúncia é uma posição pessoal que adotou para não prejudicar os universitários: "O prefeito municipal em conversa com a presidente da UEUO, a Ariane, comentou que um dos motivos que ele não efetuaria o repasse é porque eu fazia parte da diretoria".

Ruiz considera que as perseguições até vêm se tornando prática normal no município de Olímpia: "infelizmente o cidadão aqui em Olímpia tem uma vida política partidária ativa e uma vida social ativa, mas têm pessoas que não respeitam esse direito de cidadão e passa a repercutir, infelizmente é um direito que para mim deveria ser respeitado, e poder exercer esse direito e fazer parte da UEUO, como eu fiz em várias administrações da cidade".

Ele diz que os colegas com que já pode conversar a respeito da situação até entendem que não deveria se render às ordens do prefeito e renunciar ao cargo que ocupa: mas esclareci que estou vendo um motivo para que não ocorra o repasse".

Porém, mesmo lamentando ver seu direito de expressão cerceado pela atitude do prefeito, avisa que ele já não é mais o empecilho para a liberação dos recursos para a categoria.

"Nós sabemos que muitos políticos fazem apenas aquela administração no último ano de governo pra poder ou se reeleger ou fazer um sucessor. Infelizmente, me parece, está caminhando pra essa prática no município de Olímpia: do quanto pior melhor".

 

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