08 de novembro | 2009

Geninho teria prometido melhorias em troca de votos na última eleição

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O prefeito Eugênio José Zu­li­a­ni, Geninho, junto com os vereadores Dirceu Bertoco e Agnaldo Moreno, teriam prometido, além de melhorias para o local, a regularização da situação de clandestinidade em troca de votos na e­le­ição, desses moradores que vivem em um loteamento ao lado do Jardim Alvorada, de Olímpia. Pelo menos isso é o que se depre­ende das afirmações feitas pela moradora da chácara São Francisco II, Edna Martins da Silva, durante uma entrevista que concedeu à rádio Difusora AM, no início da tarde da terça-feira, dia 3.

“Acontece que o prefeito foi lá e ele sabia que estava tudo irregular e ele falou que se ganhasse, que podíamos esperar que ele ia até asfaltar a rua nossa e legalizar tudo. A gente está esperando e até hoje o Geninho não apareceu mais lá. E ele viu quando desceu lá a estrada ruim e por isso que ele falou também da estrada”, afirmou em um dos trechos da entrevista.

Depois, sobre o que esperava, disse: “Que ele fizesse o que ele falou porque nós ficamos todos contentes. Nós votamos nele todo mundo porque ele foi lá e falou que se ele ganhasse que nós podíamos esperar que ele ia fazer tudo ali. Que ia até asfaltar para nós, que faria tudo ali, até asfaltar para nós e que legalizaria as chácaras todas. E nós ficamos todo mundo contente, principalmente quando ele ganhou todo mundo ficou pulando, foi na passeata de­pois que aconteceu aquele negócio dele lá e todos nós esperando o Geninho lá, cadê Geninho.

Nós queríamos que ele fizesse isso para nós, legalizasse aquilo porque nós votamos nele, nós confiamos nele. Então nós queríamos que ele fizesse o que ele prometeu para nós, para todo mundo lá, porque todo mundo votou nele”.

José Paulo da Silva, morador na chácara do Ipê há 10 anos, também fala da visita dos candidatos antes da eleição. “Já veio a­qui prefeito e vereador que já quis ganhar política, e o Bertocão veio a­qui e fez churrasco com nós e falou que iria voltar aqui e nunca mais. O Lelé, veio aqui e só quis ganhar os votos para ser eleito e até hoje ele não apareceu e o Geninho ficou de arrumar isso para nós e ele já está aí com quase nove meses de mandato e até hoje nunca mais voltou, então nós es­tamos abandonado”, reclamou.

Omar Dias de Oliveira, da chácara Santa Luzia, vive no local desde 1998. Ele informou que levou o caso ao Ministério Público, mas mesmo assim não consegue a regularização e a escritura do terreno. “Documento de escritura pa­­­­­ra nós ele não fez. A metade ali está feito, loteamento foi loteado daqui para lá, segunda chácara quem comprou foi eu, depois foi o Haroldo, eles fizeram para lá da rede (energia), e nós da rede para cá, é uma linha só para o relógio”, reclama.

ENERGIA ELÉTRICA

João Baldenebro, que reside na chácara São Francisco I, reclama das contas de energia elétrica: “Pi­or impossível, porque faz nove a­nos que eu comprei a chácara e sempre há brigas, sempre igual. Quando nós mudamos aqui nós pagávamos R$ 5 cada um de luz e agora dizem que arrumaram e foi para R$ 80, R$ 100”.

O morador da Santo Expedito, Paulino Eugênio Filho, tem um cri­adouro de peixes e é apontado como principal responsável pelo consumo de energia. Porém, ele diz que seu lago é pequeno e que liga a bomba do poço, que disse ter sido construído pela prefeitura antes dele comprar o local, por poucas horas durante o dia. “Quando eu comprei já existia esse poço, há dez anos atrás esse poço já estava instalado. Me falaram que a prefeitura que usava quando tinha horta aqui”.

O morador da chácara Água Vi­va, Haroldo Aparecido Bonelli, reclama da situação que vive: “Tinha que ter uma solução, porque nós somos seres humanos. Olha quantas famílias temos aqui e es­tamos que nem cachorros, nós es­tamos abandonados aqui mesmo. Fomos na casa do seu Antenor e e­le falou para nós ficarmos quietos que o prefeito iria ajeitar tu­do e o prefeito não ajeitou nada pa­ra nós e nós estamos nessa situação precária”.

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