15 de dezembro | 2008

Geninho fala à Veja e volta atrás em Olímpia

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Depois de ter afirmado à revista Veja que havia descoberto que não precisava ter ao seu lado a maioria dos vereadores da câmara municipal, o prefeito eleito, Eugênio José Zuliani, Geninho, voltou atrás ao comentar o assunto na cidade de Olímpia. A uma emissora de rádio da cidade, ele justificou que se tratava de um exercício do curso de gestão que participou em Campos do Jordão e que falava de uma cidade fictícia.

Geninho participou há cerca de 20 dias de um seminário que reuniu 17 eleitos no dia 5 de outubro, segundo a revista, "interessados em profissionalizar a administração de seus municípios e em trocar experiências bem-sucedidas de gestão pública".

"O que está estampado na Veja sobre a minha declaração, não se trata de Olímpia e sim de uma cidade fictícia, criada num exercício fictício, e, dentro de um conflito prefeito e câmara, qual foi a grande estratégia. Então, o prefeito tinha uma câmara de 9 vereadores, tinha cinco ao lado dele e quatro eram contra e o sexto voto, ele queria ter maioria absoluta, ele estaria pagando um preço muito alto. Um vereador um pouco sem escrúpulo, que estava exigindo demais, cargos, nomeações, então naquele momento não precisaria da maioria absoluta, iria pagar um preço muito caro. Tudo foi de forma muito fictícia, a cidade um nome que não existe, a situação era uma situação naquele momento pregada, foi até motivo de alguns comentários jocosos", alegou.

Ele participou, por indicação da UVESP (União dos Vereadores do Estado de São Paulo) e da APM (Associação Paulista dos Municípios), de um seminário organizado pelo cientista político, Luiz Felipe D’Avila.

"Alguns prefeitos, escolhidos, ficaram quase cinco dias confinados, estudando os problemas municipais, passando por Educação, Saúde, administração de conflitos, lideranças e relacionamento com Ministério Público", afirmou Geninho sobre o seminário.

"Para nossa surpresa estava presente nos meio de nós uma repórter da revista Veja, que participou com a gente de forma até surpresa, porque nem sabíamos que ela estava representando a revista e ao abrir a revista, nos deparamos com duas páginas falando sobre o curso", justificou.

E reforça que faziam um exercício "que a professora Patrícia Tavares, de Conflitos, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), passou para um grupo de quatro prefeitos, no qual eu era o representante principal naquele exercício".

NA VEJA

De acordo com a matéria publicada na edição da Veja do final de semana passado, Geninho, teria, em uma das frases: "Descobri que não preciso ter maioria absoluta na Câmara o tempo todo".

Durante o seminário os participantes tiveram aulas de gestão, segurança pública, educação, negociação política e liderança em um curso organizado pelo Centro de Liderança Pública, uma entidade sem fins lucrativos mantida por empresas como Gerdau, Itaú e Suzano.

Foi na aula de Patricia Tavares, da Fundação Getúlio Vargas e do Ibmec, que tratou de negociações políticas, que Geninho teria desistido de fazer concessões para obter maioria absoluta na Câmara dos Vereadores.

"Vim para cá pensando que, quando assumisse o cargo, iria dar um jeito de trazer mais um vereador para minha base, para ter dois terços da Câmara. Mas percebi que, agora, não preciso dele", teria afirmado. Depois da aula, Zuliani decidiu isolar o tal vereador e esperar para ganhar seu apoio sem precisar lhe ceder nada em troca.

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